Documento “Pátria Educadora” é criticado em aula pública

A aula pública, promovida pelo comando de greve da ADUSC em parceria com o Departamento de Ciências da Educação (DCIE) ocorreu na quinta-feira, 18 de Junho, na UESC.

Após análise do documento  provisório“Pátria Educadora: A qualificação do ensino básico como obra de construção nacional” a avaliação negativa era unanime entre os participantes da aula pública. Elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE) o documento é um retrocesso para educação pública brasileira. Como resultado do debate, foram elaboradas propostas de ações que denunciem amplamente os prejuízos da política que se apresenta como lema pelo governo petista.

Leia aqui o documento provisório

Aula pública

Para nortear o debate, docentes da área de políticas educacionais do DCIE apresentaram uma avaliação mais geral do documento provisório elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) do governo federal. Dentre as principais criticas, a falta de fontes e a escrita retrograda e preconceituosa, dão a entender que o documento foi produzido por alguém alheio aos debates no setor da educação. O documento ainda restringe a noção de educação ao ensino, responsabiliza os professores pelo sucesso das escolas e questiona a capacidade da universidade para formação destes profissionais.

As contribuições no debate também chamaram atenção para os aspectos meritocráticos e privatistas do documento. Nele, se afirma como expressão da qualidade da educação o bom desempenho em provas padronizadas, com ênfase nas disciplinas de português e matemática. A responsabilidade do Estado quanto ao financiamento adequado para a educação pública nem mesmo é citada.

Para docente Maíra Mendes, membro do comando de greve da ADUSC, o documento “Pátria Educadora”, assim como os cortes orçamentários, são exemplos de um projeto de educação mínima e com qualidade para poucos. O debate também contou com a participação estudantil, professores da Escola Agrícola Comunitária Margarida Alves e membros do Comando de greve do IFBA/Ilhéus.

Encaminhamentos

A necessidade de reagir a mais este ataque esteve presente em todas as falas. Conforme lembra a docente Kátia Guerreiro, a publicidade feita em torno do lema “Pátria Educadora” avança, e sugere a sociedade uma relação positiva para com o documento. Neste sentido, as representantes do DCIE alertaram para a necessidade de aprofundar o debate. Foi proposto a ADUSC um posicionamento oficial rejeitando o documento “Pátria Educadora” e exigindo do governo federal o seu arquivamento. A confecção de uma faixa de denuncia a ser afixada na entrada da universidade, também foi outra sugestão.

O I Secretário da Regional Nordeste III do ANDE-SN, Luiz Blume, propôs a articulação de sindicatos, movimentos sociais e populares por um “Comitê Local em Defesa da Educação Pública”.  Ele também lembrou da reunião do comitê estadual, no dia 14 de Julho, em Feira de Santana. Na oportunidade o documento provisório da SAE “pátria educadora” também será pautado.

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