Professores denunciam condições precárias de trabalho

A campanha em defesa dos 7 % da Receita Líquida de Impostos para as Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) vem se intensificando desde Agosto de 2013, quando o governo Wagner anunciou, através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) sua proposta de reduzir em cerca de 12 milhões o orçamento para investimento e custeio das universidades em 2014. O dinheiro que já era escasso, agora acelera o processo de precarização das universidades, patrimônio do povo baiano, e amplia o desrespeito à comunidade acadêmica.

Com o ar-condicionado inoperante, nem mesmo as janelas abertas contêm o calor
Com o ar-condicionado inoperante, nem mesmo as janelas abertas contêm o calor.

Um exemplo desta situação é o pavilhão do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas (DCET), que abriga cursos como os das Engenharias, da Ciência da Computação e outros da UESC. Inaugurado a pouco mais de um ano, permanece com os aparelhos de ar-condicionado inoperantes e a temperatura em sala de aula ultrapassa os 35°C, pondo em risco não somente o desempenho docente e a aprendizagem estudantil, mas a própria saúde de seus usuários.

Nestas condições, docentes do DCET entregaram, nesta quinta-feira (10), um abaixo-assinado solicitando que a diretoria da ADUSC faça uma intervenção junto à administração da UESC em prol das condições de trabalho da categoria (veja aqui). O documento será encaminhado em anexo a um Ofício solicitando mais uma vez da reitoria informações referente aos impactos da escassez orçamentária na estrutura da universidade e na rotina acadêmica como um todo.

Da mesma forma, os estudantes e professores dos cursos de História e Comunicação Social denunciaram as péssimas condições da sala de aula 2208, do Pavilhão Adonias Filho. Há uma infestação de morcegos, e o fedor é insuportável, além de provocar alergias, irritação nos olhos e expor docentes e estudantes a condições de insalubridade. Os estudantes do curso de História fizeram um panelaço no dia 03.04 em frente à prefeitura do campus demonstrando sua indignação com a falta de solução para o problema que, segundo o professor Luiz Blume, “já vem sendo discutido com a administração desde o início da gestão do DFCH, em março de 2012, e até agora nenhuma solução definitiva foi tomada”.

ASSEMBLEIAPara o presidente da ADUSC, Emerson Lucena,“é muito importante que a categoria denuncie situações como esta e reivindique melhoria nas condições de trabalho, criando mobilizações em defesa de nossa pauta, pois são exemplos concretos como este que fundamentam nossa luta”. O assunto também será pautado na próxima assembleia da categoria, na segunda-feira (14), às 8:30 horas. Na oportunidade os docentes devem discutir os próximos passos da campanha orçamentária e as propostas de paralisação em Abril e Maio.

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