Ocupação segue na UESC e recebe apoio da comunidade acadêmica

 

Debate sobre a PEC 55 é marcado pela presença de estudantes do Ensino Médio. Foto: Ocupa UESC
Debate sobre a PEC 55 é marcado pela presença de estudantes do Ensino Médio. Foto: Ocupa UESC

Aprovada em assembleia estudantil no dia 24 de outubro, a ocupação da UESC se soma ao movimento nacional da juventude em resistência ao crescimento do conservadorismo e a destruição de direitos sociais. O movimento tem recebido apoio da comunidade acadêmica e externa, através de doações materiais e mantimentos, e de contribuições à programação. A Assembleia de docentes da UESC, realizada no dia 09 de novembro, também aprovou apoio à ocupação, que luta contra a PEC 55 (antiga 241), a contrarreforma do ensino médio, e também reivindica orçamento adequado para as universidades baianas e uma política efetiva de permanência estudantil.

Cine-Debate Ocupa a praça do Salobrinho. Foto: Ocupa UESC
Cine-Debate Ocupa a praça do Salobrinho. Foto: Ocupa UESC

O movimento de ocupação crescente nas escolas, institutos federais e universidades representam o maior foco de resistência ao cenário de ataques impostos à classe trabalhadora. Na UESC, as atividades de ensino ganharam nova metodologia, com apoio de docentes, artistas regionais, movimentos sociais e os próprio ocupantes que realizam palestras, oficinas, rodas de conversas e programações culturais. As atividades de pesquisa e extensão acontecem mediante solicitação e aprovação de uma comissão de ética da ocupação.

Reforçando seu caráter truculento e antidemocrático, o governo ilegítimo de Temer tenta convencer a opinião pública, criminalizando o movimento com difamações e inverdades. Mesmo com a posição favorável à realização do ENEM, por parte dos movimento de ocupação, o MEC ameaçou cancelamento da prova e impôs adiamento nas instituições ocupadas sem o menor diálogo com os estudantes. Posteriormente, foi o próprio presidente ilegítimo que, de forma deselegante, tentou ironizar o movimento em rede nacional, sem de fato debater o teor da política prevista na PEC 55.

Foto: Ocupa UESC
Foto: Ocupa UESC

Para diretoria da ADUSC, a intolerância política e o conservadorismo crescente são elementos preocupantes, que tentam distrair a população dos verdadeiros riscos impostos ao país. O Brasil caminha para um cenário de graves retrocessos. Sob a justificativa da crise econômica, banqueiros e grandes empresários se somam ao Congresso corrupto e ao governo ilegítimo para defender seus lucros e privilégios através da retida de direitos do povo trabalhador. Utilizam da mídia empresarial para convencer a população de que é preciso congelar o orçamento de serviços essenciais, como saúde e educação, para salvar o Estado. Enquanto isso, aprova a sonegação de impostos, ampliam seus privilégios e destinam cerca de 50% do orçamento da união para o pagamento de uma dívida que deveria ser auditada, conforme previsto na constituição.

14915263_1862209827342413_4788695947390221301_n
Performance “Missívas” com Daniela Galdino, poeta, atriz e docente da UNEB. Foto: Ocupa UESC

É contra esses ataques que lutam os jovens através das ocupações em todo país. A disposição e a criatividade da juventude emergiram para reanimar e dar esperança àqueles setores que, apesar de denunciar o desmonte do Estado, esbarrava na apatia, manipulada pelo discurso hegemônico. Os e as estudantes estão na luta, mostrando conhecimento sobre seus direitos e resistência aos ataques. Por isso, a ADUSC reforça a posição da Assembleia em apoio às ocupações e convida os(as) associados(as) e a população à visitar as ocupações em apoio à  luta.

Fonte: ADUSC

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.