Docentes da Bahia participam de ato em defesa da Educação Pública

O ato público faz parte do calendário de atividades dos comandos locais de greve das instituições estaduais e federais da Bahia como forma de fortalecer o movimento grevista.

imp-ult-1960629742Na quinta-feira, 2 de Julho, milhares de docentes das instituições estaduais e federais do estado da Bahia em greve, participaram, ao lado de representantes dos movimentos sociais, sindicatos e outras categorias de trabalhadores, de um grande ato “Em defesa da Educação Pública, contra os cortes no Orçamento e retirada de direitos”. O dois de julho é uma data que marca os 192 anos de Independência da Bahia, comemorada anualmente com um grande cortejo cívico na capital, Salvador.

“É uma data de resistência, que é feriado na Bahia, a população baiana se emancipou [em 1823] dos portugueses. É uma data festiva e todo ano o movimento docente participa protestando”, disse Milton Pinheiro, 1° tesoureiro da Regional Nordeste III do ANDES-SN.

O diretor do Sindicato Nacional contou que o ato teve não só uma ampla participação dos docentes e de demais categorias de trabalhadores, que estão na luta por seus direitos, como também recebeu apoio da população, que é contra as medidas que estão sendo adotadas pelos governos nos âmbitos federal, estadual e municipal, que atingem o acesso aos direitos trabalhistas já conquistados, como foi o caso das MPs 664 e 665, e o projeto das terceirizações – PLC 30/2015 (antigo PL 4330/04), ainda para ser votado no Senado Federal.

imp-ult-473280242As diversas entidades presentes na manifestação denunciaram que os governos têm respondido a crise econômica com ajustes fiscais, que atacam os trabalhadores. “Os cortes nos orçamentos dos governos Federal, Estaduais e Municipais atacam centralmente a educação pública, enquanto segue as benesses para a educação privada. Programas como o Pacto pela Educação ou o lema de ‘Pátria Educadora’ parecem uma piada de mau gosto, pois a educação pública não é prioridade dos governos de plantão. Na Bahia, diversos setores da educação estão em greve e, a partir dessa realidade, achamos muito importante a unificação com os demais setores que estão em luta nesse momento”, aponta o manifesto de convocação do ato.

Na Bahia, os docentes das universidades estaduais de Santa Cruz (Uesc), da Bahia (Uneb), de Feira de Santana (Uefs) e do Sudoeste da Bahia (Uesb) estão em greve desde o início de maio, enfrentando a intransigência do governo do estado. Além dos professores das universidades estaduais, os docentes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) também estão paralisados, em adesão à greve dos docentes federais, que teve início em 28 de maio.

Estaduais baianas aprovam continuidade da greve

Entre os dias 30 de junho e 1º de julho, os docentes das estaduais baianas realizaram uma rodada de assembleias para avaliar o andamento das negociações com o governo em relação à pauta de reivindicações da categoria. De acordo com Pinheiro, “todas as assembleias aprovaram a continuidade da greve, que já dura mais de 50 dias, e a contraproposta referente à pauta da greve 2015, sugerida pelo Fórum das ADs – que agrega as seções sindicais do ANDES-SN das quatro universidades (Adusc SSind, Aduneb SSind., Adufs SSind. e Adusb SSind.).

Além da contraproposta, os encaminhamentos deliberados nas assembleias de cada seção sindical serão imp-ult-465740141protocoladas na próxima segunda-feira no governo estadual, juntamente com um pedido de nova reunião para seguir as negociações”. O 1° tesoureiro da Regional Nordeste III do ANDES-SN explica que a contraproposta, que inclui as demandas gerais do movimento docente, engloba diferentes pautas, como “direitos trabalhistas; promoção, progressão e mudança no regime de trabalho; aumento doorçamento das universidades estaduais; a revogação da Lei 7176/97, que retira a autonomia das instituições baianas; e o apoio à proposta dos estudantes da permanência estudantil”.

Um dos objetivos do ato público foi intensificar a denúncia de descaso do governo com as Ueba, e exigir que o governador negocie a contraproposta, realizada pelo movimento docente, agendando o mais rápido possível uma reunião com a categoria.

Fonte: Adusc SSind, Aduneb SSind., Adufs SSind. e Adusb SSind.

Fotos:  Aduneb SSind.

Fonte: ANDES-SN

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