25 DE ABRIL: DIA DE LUTA EM DEFESA DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS DA BAHIA

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Professoras e professores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) farão ato público em Salvador nesta quarta-feira (25), a partir das 9h, na Praça da Piedade. O movimento docente denunciará a maior perda salarial dos últimos 20 anos, os ataques aos direitos trabalhistas e reafirmarão a luta em defesa das universidades estaduais. Haverá paralisação das atividades acadêmicas da Uneb, Uesc e Uesb. Na Uefs, as atividades não serão paralisadas mas a comunidade acadêmica feirense também fará parte da mobilização.
As Associações Docentes disponibilizarão transporte para participação do evento. Os interessados devem procurar as secretarias das ADs. O dia será marcado com uma manifestação de rua e panfletagem. Ocorrerão também aulas públicas sobre “Os ataques do Governo às Universidades Estudais da Bahia” e “A importância das Universidades Estaduais da Bahia”.
No mesmo dia o Fórum das ADs lançará a Campanha de Mídia 2018. A campanha este ano denunciará o arrocho salarial acumulado, fruto do não pagamento da reposição da inflação dos últimos três anos. Segundo o DIEESE, este é o maior arrocho salarial em 20 anos. Os docentes reivindicam um reajuste de, no mínimo, 21,1%.

Motivos
De acordo com Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das ADs, a atividade será importante para denunciar à sociedade baiana o descaso do governo Rui Costa (PT) com a situação dos docentes e das universidades. “O Governo do Estado simplesmente não se reúne com o movimento docente e mantêm completo silêncio sobre a nossa pauta de reivindicações. A categoria está muito insatisfeita, por isso iremos às ruas. Queremos respostas efetivas”, destacou Barroso.
Além da ausência do reajuste salarial, o governo também não respeita outros direitos trabalhistas. Atualmente o número de docentes com processos na fila de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho subiu para 957 no total. Estão travadas nas quatro universidades estaduais 472 promoções, 284 progressões e 201 mudanças de regime de trabalho. O estrangulamento orçamentário também é um grande problema. Desde 2013 as universidades acumulam um corte de mais de R$ 200 milhões no custeio e investimento.

Lentidão nas respostas
A última vez que o governo reuniu-se com o movimento docente foi em setembro de 2017. Mesmo assim, não apresentou nenhuma proposta em relação à pauta de reivindicações. A pauta atualizada foi protocolada ainda no dia 18 de dezembro do ano passado. O documento foi entregue na Governadoria e nas secretarias estaduais da Educação (SEC), da Administração (Saeb) e das Relações Institucionais (Serin).
No dia 20 de março, o Fórum das ADs voltou a protocolar documento na Secretaria de Educação (SEC) exigindo marcação de reunião em caráter de urgência. O subsecretário da SEC, Nildon Pitombo, se comprometeu a agendar uma reunião com a SEC e a SAEB, porém não trouxe nenhuma informação do governo a respeito das reivindicações apresentadas. Como resposta ao descaso, atualmente os docentes das quatro universidades estão com indicativo de greve aprovado.

Leia o documento com a pauta 2018 na íntegra

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