Trabalhadores sem-teto do MRP (DF) e camponeses do Moica (SP) filiam-se à CSP-Conlutas

Neste final de semana duas filiações importantes marcaram o fortalecimento da CSP-Conlutas e sua consolidação na organização também dos trabalhadores de ocupações no campo e na cidade.

 

No Campo

 

Na sexta-feira (25), trabalhadores rurais organizados pelo Moica (Movimento de Insurgência Camponesa) aprovaram por unanimidade a filiação da entidade à CSP-Conlutas, em assembleia realizada no Acampamento Capão das Antes, em Ribeirão Preto (SP), com a presença de 150 pessoas.

 

 

Esse movimento recém fundado há cinco meses no interior de São Paulo surgiu com o objetivo de organizar as lutas por Reforma Agrária e direitos dos trabalhadores rurais na região, e organiza atualmente cinco ocupações, nas cidades de Duartina, Boa Esperança do Sul e em São Carlos.

 

 

 

“A decisão de filiação busca avançar na aliança entre os trabalhadores do campo e da cidade, ambos com independência de classe sem conciliar com governos, patrões e latifundiários”, ressaltou o integrante do setorial do Campo da CSP-Conlutas e também advogado do movimento Waldemir Soares Junior.

 

Na cidade

 

Outra importante filiação foi formalizada, neste domingo (27), pelo MRP (Movimento de Resistência Popular do Distrito Federal). A decisão foi tomada também por unanimidade, em assembleia realizada na cidade de Ceilândia, em Brasília, na Praça da Bíblia, e reuniu cerca de 200 trabalhadores organizados nas ocupações da entidade. Na ocasião, foi feita uma apresentação da CSP-Conlutas e a defesa da filiação por Edson Francisco da Silva, dirigente do MRP.

 

“Essa filiação era para ter acontecido há muito tempo, no entanto, devido a esse processo de criminalização tivemos que adiantar. A Central, mesmo nesse período difícil, sempre esteve do nosso lado. Para o MRP, a CSP-Conlutas é a única que é à esquerda, que não tem acordo com patrões e com governo e que tem o compromisso inteiramente com os trabalhadores e o povo pobre, além disso,  tem cumprido papel magnífico à frente das lutas”, salientou Edson.

 

 

 

O MRP existe há três anos e tem realizado ocupações no Distrito Federal e enfrentado a criminalização de suas lutas. Direções do movimento foram presas e perseguidas politicamente, e seguem respondendo a processos judiciais por estarem na linha de frente das mobilizações por moradia no estado.

 

 

A CSP-Conlutas Nacional se aproximou do movimento e impulsionou uma campanha contra as prisões arbitrárias de militantes do MRP, após desocupação do Torre Palace, em Brasília (DF), feita no dia 5 junho de 2016. A Central esteve junto a esses companheiros por entender que morar é um direito, não é crime.

 

Sindical e popular

 

Essas filiações reafirmam o papel indispensável da Central na organização e no apoio dos trabalhadores do campo e da cidade para as lutas contra os governos e os patrões, por reforma agrária e urbana e contra todas as formas de opressão.

 

“Fortalecer a unidade dos de baixo, aumentar a participação dos setores populares é parte fundamental da tarefa da CSP-Conlutas. A Central vem se consolidando para se tornar uma das principais ferramentas de luta para que os mais explorados se unam na luta por seus direitos e pela construção de uma alternativa de poder em que aqueles que produzem as riquezas e possam governam”, salientou o dirigente do Luta Popular, Avana Araújo.

 

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