Após 16 meses do desaparecimento de estudantes mexicanos, caso segue sem resposta

imp-ult-314469508A população mexicana saiu às ruas na cidade do México, na terça-feira (26) em protesto aos 16 meses sem resposta sobre o assassinato de três e o desaparecimento de 43 estudantes da Escola Normal de Ayotzinapa, no dia 26 de setembro de 2014, na cidade de Iguala, estado de Guerrero, no México.

Manifestantes carregavam bandeiras pretas e vermelhas, representando o luto e o sangue, um caixão e fotos dos desaparecidos. Eles cobravam celeridade nas investigações e transparência no caso. Eles denunciaram também o lento progresso das investigações nos últimos meses, especialmente depois da prisão de Taboada Mauro Salgado, um dos supostos participantes no desaparecimento de estudantes. “Mais uma vez nós demonstramos no coração do país para exigir o aparecimento de alunos com vida. Nós não nos cansaremos “, disse Felipe de La Cruz, um dos familiares e porta-voz do grupo.

Durante o ato, familiares do Julio Cesar Moreno exigiram, em frente a sede da Procuradoria Geral da República (PGR), a realização imediata dos testes de DNA no corpo da vítima, exumado em novembro de 2015, para auxiliar nas investigações. Até hoje o procedimento não foi realizado.

Investigações

Durante a investigação foram encontradas diversas fossas comuns com centenas de cadáveres de casos desconhecidos, principalmente no Estado de Guerrero. De outubro de 2014 a janeiro de 2015, foram encontrados no estado 38 fossas com 87 corpos apenas em Iguala, cidade onde desapareceram os 43 alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa.  Além disso, novos casos de desaparecimento forçados foram revelados e, para além do domínio do narcotráfico no interior do país, o envolvimento e a cumplicidade do Estado com os fatos gerou ampla revolta na sociedade mexicana.

Caravanas

Com amplo apoio da população, os pais os estudantes organizaram caravanas no México para difundir informações sobre o dia 26 de setembro de 2014 e, desta forma, conseguir detalhes importantes que dê pistas do paradeiro dos jovens. Uma delas partiu da fronteira Sul do México, no estado de Chiapas, e outra do Norte, do estado de Chihuahua. A caravana do Sul, que saiu no dia 16 de janeiro já se encontrou no dia 18 com organizações sociais e sindicatos na cidade de Oaxaca. A ideia é que o grupo ainda se reúna com apoiadores da causa nas cidades de Puebla, Tlaxcala, Morelos e Querétaro. A previsão é que as duas caravanas se encontrem no dia 28 de janeiro na cidade do México.

Passados 16 meses, só foram identificados os restos mortais de três dos desaparecidos: Alexandre Mora Venancio, Jhosivani Guerrero e Julio Cesar Moreno.

Com informações de Telesur e El Universal e imagem de Desinformemonos

Fonte: ANDES-SN

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