DIA 28 DE ABRIL, VAMOS PARAR O BRASIL | Contra as reformas da Previdência e trabalhista e contra a terceirização

“Dia 28 de abril, vamos parar o Brasil”. Com esta formulação as Centrais Sindicais decidiram por unanimidade os próximos passos da mobilização nacional unificada contra as reformas da Previdência e trabalhista e contra a terceirização.

 

Todo o mês de abril será dedicado a protestos, atos, paralisações e atividades que culminarão com uma Greve Geral no País no dia 28.

 

Confira o chamado do dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha:

 

 

Um Encontro Nacional dos Trabalhadores do Transporte, no próximo 6 de abril em São Paulo, organizará a paralisação do setor. Outras categorias também devem realizar encontros para organizar sua participação.

 

Este 31 de março também será incorporado, com comando conjunto, no calendário de luta das Centrais Sindicais, com panfletagens e mobilizações, servindo para preparar o 28 de abril com suas bandeiras unificadas.

 

A decisão foi aprovada na tarde desta segunda-feira (27) pela CSP-Conlutas, CTB, CUT, UGT, Força Sindical, Intersindical, CSB, CGTB e Nova Central.

 

Essa greve será construída em cada local de trabalho, em cada escola, universidade, nos bairros e também pelos movimentos sociais e pela juventude.

 

De acordo com o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, a decisão é fundamental. “Foi muito importante a marcação do dia 28 contras reformas e a terceirização e a CSP-Conlutas vai lutar com todas suas forças e organizar pela base uma verdadeira Greve Geral neste dia”.

 

 

 

Veja abaixo a nota oficial assinada pelas Centrais Sindicais:

 

Dia 28 de abril

Vamos parar o Brasil

 

As centrais sindicais conclamam seus sindicatos filiados para, no dia 28, convocar os trabalhadores a paralisarem suas atividades, como alerta ao governo de que a sociedade e a classe trabalhadora não aceitarão as propostas de reformas da Previdência, Trabalhista e o projeto de Terceirização aprovado pela Câmara, que o governo Temer quer impor ao País.

 

Em nossa opinião, trata-se do desmonte da Previdência Pública e da retirada dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT.

 

Por isso, conclamamos todos, neste dia, a demonstrarem o seu descontentamento, ajudando a paralisar o Brasil.

 

São Paulo, 27 de março de 2017.

Adilson Araújo
Presidente da CTB

 

Antonio Neto
Presidente da CSB

 

Edson Carneiro (Índio)
Secretário Geral Intersindical

 

José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central

 

Luiz Carlos Prates (Mancha)
Secretaria Executiva da CSP-Conlutas

 

Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical

 

Ricardo Patah
Presidente da UGT

 

Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira)
Presidente da CGTB 

 

Vagner Freitas
Presidente da CUT

Fonte: CSP-Conlutas

CSP-Conlutas lança site contra as reformas da Previdência e Trabalhista

Portal reúne informações, notícias e materiais que servem como contraponto ao discurso feito pelo governo e mídia hegemônica sobre as contrarreformas em curso

untitledA CSP-Conlutas, central à qual o ANDES-SN é filiado, lançou nesta quinta-feira (23), um site (www.contrareformadaprevidencia.com.br) que reúne informações, notícias e materiais acerca da contrarreforma da Previdência, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, enviada pelo presidente Michel Temer em dezembro do ano passado.

A Central e suas entidades encabeçam uma campanha para barrar a proposta, que destrói direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores brasileiros. A página na web reúne materiais nacionais, estaduais e regionais, para serem impressos, utilizados na internet, como peças visuais para mídias digitais e vídeos, e nas atividades de discussão e formação, como cartilhas, jornais, documentos e artigos.

Segundo a CSP-Conlutas, o site será também local de atualização constante de notícias a respeito do tema e das mobilizações pelo país. As ações das entidades filiadas e parceiras da Central, bem como de movimentos sociais e organizações que se colocam contra a reforma da Previdência, também terão repercussão na página e nas redes sociais.

Ainda de acordo com a Central, um dos principais objetivos do hotsite é o de fortalecer nacionalmente as mobilizações contra a PEC da Previdência e informar a sociedade e ao conjunto da classe trabalhadora sobre os graves riscos que esta reforma trará à vida de todos os brasileiros.

Em fevereiro deste ano, a CSP-Conlutas divulgou uma cartilha que explica os problemas presentes na PEC 287/16. Com o nome “Reforma da Previdência, Não Vamos Aceitar”, o documento detalha quais são as regras vigentes hoje, os ataques propostos por Temer, além de criticar a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e a farsa do discurso do déficit. No mês seguinte, a Central divulgou um jornal especial sobre as consequências nefastas na vida do trabalhador caso as contrarreformas da Previdência e Trabalhista sejam aprovadas.

No mês de março, o ANDES-SN lançou o primeiro de quatro vídeos sobre a PEC 287/16. O vídeo, que pode ser acessado pelo Facebook e pelo YouTube, apresenta uma introdução sobre os principais ataques contidos na proposta do governo federal.

Contrarreforma Trabalhista e ao PL da terceirização

Na plataforma digital constam, ainda, materiais sobre a contrarreforma Trabalhista, Projeto de Lei (PL) 6787/2016, que prioriza o negociado sobre o legislado em relação a direitos trabalhistas conquistados; e do PL da Terceirização aprovado na última quarta-feira (22), que permite a terceirização geral e irrestrita em todas as áreas do setor público e privado.

Com informações e imagem de CSP-Conlutas

Fonte: ANDES-SN

Greves, paralisações e bloqueios de avenidas tomam o País; CSP-Conlutas defende greve geral, já!

Em praticamente todas as capitais do País trabalhadores paralisaram suas atividades, bloquearam avenidas e fizeram atos em diversas regiões. O clima foi de indignação, com o apoio da população a essas lutas. O Dia Nacional de Paralisações contou com a adesão de categorias  do setor de transporte, metalúrgicos, servidores públicos das três esferas, trabalhadores dos Correios e da alimentação, operários da construção civil, químicos, bancários, setor da educação no ensino médio em greve em diversos estados, portuários, petroleiros, assim como diversos movimentos sociais. 

Este Dia Nacional de Paralisações e Lutas está confirmando a insatisfação da classe trabalhadora brasileira com as reformas da Previdência e trabalhista que pretendem retirar direitos históricos e impedir o usufruto da aposentadoria pelos trabalhadores. Um exemplo é o apoio que tem recebido a greve dos condutores e dos metroviários de São Paulo. 

Além das paralisações em diversas categorias, a CSP-Conlutas, por meio do movimento popular e setores operários, foi responsável pelo trancamento de avenidas e rodovias importantes como a Presidente Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, paralisada durante a manhã pelos metalúrgicos de São José dos Campos e Região. 

De acordo com o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, esse dia de lutas vem superando a expectativa do movimento. “Apesar de não havermos chamado uma greve geral como defende a nossa central, os trabalhadores de todo o país realizaram paralisações num verdadeiro ensaio de greve geral como acreditávamos que seria possível”. 

O dirigente reforça que as denúncias  da Lava Jato, que já foram divulgadas e estão sendo publicadas,  desautorizam o governo Temer e o Congresso Nacional dominado pela Odebrecht a votar qualquer medida contra os trabalhadores, como as que estão pautadas pelas reformas da Previdência e trabalhista. “São esses corruptos que querem impor uma contribuição de 49 anos para os trabalhadores se aposentarem, levando muitos a morte sem receber o benefício? São esses que querem passar por cima das leis trabalhistas ao aprovar que o negociado valha mais que o legislado? Eles não têm moral para votar absolutamente nada contra os trabalhadores”.

Confira o quadro com as mobilizações: http://cspconlutas.org.br/2017/03/greves-paralisacoes-e-bloqueios-de-avenidas-tomam-o-pais-csp-conlutas-defende-greve-geral-ja/

Fonte: CSP-Conlutas

 

CSP-CONLUTAS: Confira o material da campanha nacional contra a Reforma da Previdência

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A campanha contra a Reforma da Previdência já teve início e será ampla. A CSP-Conlutas produziu materiais diversos para divulgação do tema e formação. São artes gráficas, como cartaz, adesivos, cartilha e vídeo. Além dessas peças e plataformas, farão parte da campanha reuniões, assembleias, debates, atos e seminários, como o que ocorreu em São Paulo, no dia 4/2 – Saiba mais: Seminário nacional da CSP-Conlutas contra reforma da previdência reforça necessidade de campanha unificada e a não negociação da reforma

 

Confira abaixo os materiais da Campanha:

 

 

Abaixo o vídeo que explica os motivos para os trabalhadores dizerem não a essa reforma. Não vamos aceitar!

 

 

Leia também: Centrais e Dieese reúnem sindicalistas para debater Reforma da Previdência

Leia também: CSP-Conlutas se empenha em ampliar a unidade na luta para barrar a reforma da Previdência

Indicação de Moraes ao STF coroa política dos poderosos corruptos e corruptores

Nesta semana (6) Temer indicou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para o cargo no Supremo Tribunal Federal (STF). A indicação tem sido avaliada negativamente pela população e até mesmo pela imprensa que, diante de complicado histórico político do ministro, se vê impossibilitada de apoiar a possível nomeação.

 

Moraes carrega na bagagem passagens controversas em sua carreira, que teve início no Ministério Público de São Paulo. Filiado ao PSDB, em 2002, assumiu a Secretaria de Justiça de SP. O convite para assumir a pasta veio de Geraldo Alckmin. Anos mais tarde, durante a gestão Kassab, esteve a frente da Secretaria de Transportes e Serviços na Prefeitura de São Paulo. Após deixar a secretaria devido a rompimento com o então prefeito, atuou como advogado até sua nomeação em 2015 para a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

 

Como advogado, defendeu mais de 100 clientes ligados a esquemas de corrupção envolvendo o grupo de crime organizado PCC. Para além dessa atuação questionável, trabalhou em defesa de políticos como Eduardo Cunha, acusado de utilizar documentos falsificados, o que lhe garantiu um passo a mais em direção ao Ministério da Justiça do atual governo.

 

A troca de favores chega à presidência também. Segundo matéria publica pela Folha de SP, Temer teria contratado os serviços de Moraes para encontrar um hacker responsável por clonar o celular de Marcela Temer e ameaçar divulgar informações e fotos íntimas encontradas no email pessoal da primeira-dama, caso não recebesse dinheiro pelo silêncio. Em 40 dias Moraes conseguiu prender o hacker, sem nenhum vazamento do caso, com absoluta discrição.

 

 

Outro ponto controverso sobre sua possível nomeação é produto acadêmico do próprio ministro. Em tese de doutorado apresentada em 2000, Moraes defendia que qualquer pessoa exercendo cargo de confiança no Poder Executivo, em mandatos eletivos, ou em cargo de procuradoria-geral da República não poderia ser indicada ao Supremo. Em trecho de sua dissertação, ele defende a necessidade de tal impedimento a fim de “evitar-se demonstração de gratidão política ou compromissos que comprometam a independência de nossa Corte Constitucional”.

 

 

“Essa indicação é apenas a coroação dos interesses dos ricos e poderosos e de seus instrumentos contaminados pela corrução, como o Congresso Nacional. Não há independência entre os três poderes, porque todos atuam em prol de um interesse comum: manter o Estado à serviço deles próprios e dos grandes empresários, banqueiros e latifundiários”, reforçou Paulo Barela, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

 

Após tantos favores prestados, a nomeação para a instância máxima da Justiça deve exigir, agora, retorno positivo aos aliados.

 

Moraes será o revisor da Lava Jato no plenário do Supremo, e poderá incidir sobre casos que envolvam Temer e os presidentes da Câmara e do Senado. Todos já mencionados em delações premiadas da operação.

 

“A indicação de Alexandre Moraes fortalece a sensação vivida pela população brasileira de impunidade aos corruptos e corruptores, ao mesmo tempo que a justiça é implacável contra os pobres, sobretudo os da periferia das grandes cidades. Esses são presos, condenados e assassinados sem qualquer julgamento. O judiciário faz vistas grossas para o extermínio de jovens, pobres e negros pela Polícia Militar”, alerta Barela.

 

Enquanto Moraes esteve a frente da Secretaria de Segurança Pública de SP, a Polícia Militar foi responsável pela morte de 25% dos assassinados no estado. Segundo dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP), em 2016 houve um aumento de 18%, em relação ao ano anterior, nas mortes por policiais, com 242 assassinados por PMs e 24 por policiais civis. O relatório não inclui os mortos em operações policiais, nos chamados autos de resistência.

 

“Nós, da CSP-Conlutas, não depositamos nenhuma confiança nesta justiça, que mata os pobres e beneficia os poderosos, porém seguiremos exigindo a prisão de todos os envolvidos em processos de corrução, e que seus bens sejam confiscados e transformados em investimentos em saúde, educação e políticas públicas”, concluiu o dirigente.

 

Foto manchete: Antonio Cruz / Agência Brasil

CSP-Conlutas se empenha em ampliar a unidade na luta para barrar a reforma da Previdência

A reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas realizada no último final de semana em São Paulo reafirmou a necessidade da defesa de uma Greve Geral, já para derrotar as contrarreformas da Previdência e Trabalhista do governo Temer.

Na sexta-feira (3) houve o debate sobre conjuntura nacional e internacional com a presença dos convidados José Maria de Almeida, o Zé Maria, metalúrgico e dirigente do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado); Valério Arcary, historiador e professor titular aposentado do IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e dirigente do MAIS (Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista) e Plínio de Arruda Sampaio Jr., economista, livre-docente da UNICAMP e dirigente do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade). O Objetivo foi discutir a realidade e armar politicamente a Central e suas entidades para enfrentar as lutas do próximo período.

O sábado foi um dia atípico na reunião, dedicado a um seminário aberto contra a Reforma da Previdência. Com a presença de representantes de entidades de classes, advogados, juristas, docentes especializados no tema da reforma da Previdência.

A partir desse acúmulo, a resolução política aprovada norteia s iniciativas da Central, principalmente em relação à campanha contra a reforma da Previdência para a qual se buscará uma ampla unidade de ação na luta para derrotar a reforma.

Ainda no domingo foram aprovados os relatórios dos setoriais de educação, funcionalismo público, trabalhadores dos Correios, saúde e segurança do trabalhador, aposentados, mulheres, negros e negras, LGBT e internacional, assim como o relatório do grupo de trabalho de comunicação.

Saiba mais no site da CSP-Conlutas

Fonte: CSP-Conlutas, com edição

Querem que os trabalhadores morram sem conseguirem aposentadoria. Não à Reforma da Previdência!

O anúncio da Reforma da Previdência foi feito pelo presidente Michel Temer e pelos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha,  e da Fazenda, Henrique Meirelles, a líderes do Congresso. O discurso foi transmitido pela televisão. A fala de Meirelles foi categórica ao vincular a Reforma da Previdência com a PEC 55 no Senado Federal: “A PEC (55), pra ser sustentável, deverá contar com a reforma da Previdência”, afirmou.

 

O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, detalhou nesta terça (6) a proposta que pretende retirar direitos dos trabalhadores, também em rede nacional. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) foi protocolada na Câmara como PEC 287. A expectativa do governo é que o texto seja aprovado no primeiro semestre do próximo ano. Por se tratar de uma mudança na Constituição, tem de passar pelos plenários da Câmara e do Senado, em duas votações, com maioria de 3/5 dos parlamentares.

 

O governo alega que os brasileiros estão vivendo mais e por isso devem trabalhar mais, justificando a adoção da idade mínima de 65 anos, para homens e mulheres, desconsiderando as diferenças regionais que existem no país. Não são poucos os lugares e regiões onde a expectativa de vida da população não chega nem perto dos 65 anos. Ou seja, os trabalhadores morreriam antes mesmo de conseguirem se aposentar.

 

Ao igualar a idade entre homens e mulheres, as maiores atingidas são as mulheres, principalmente as negras, que estão na base da pirâmide social, recebendo os piores salários, muitas vezes sem direitos trabalhistas garantidos.

 

As novas regras, se aprovadas, serão aplicadas aos trabalhadores dos setores público e privado. A única categoria que não será afetada pelas novas normas previdenciárias é a dos militares. Os trabalhadores que almejarem se aposentar recebendo a aposentadoria integral deverão contribuir por nada menos que 49 anos.

 

Veja abaixo os principais pontos da reforma proposta pelo governo federal:

 

  • Idade de aposentadoria: Tanto homens quanto mulheres só poderão se aposentar após completarem 65 anos incluindo professores, à exceção de militares. A reforma prevê ainda um mecanismo de ajuste automático dessa idade mínima de acordo com o aumento da chamada “sobrevida” da população brasileira.

 

  • Tempo mínimo de contribuição: O prazo mínimo de contribuição para a Previdência Social será elevado de 15 anos para 25 anos.

 

  • Condições especiais, pessoas com deficiência e aposentadoria por incapacidade: Os trabalhadores submetidos a condições especiais de trabalho, prejudiciais à saúde, assim como as pessoas com algum tipo de deficiência não poderão ser aposentar com menos de 55 anos de idade e 20 anos de tempo de contribuição.

 

  • Pensão por morte: O valor pago à viúva ou ao viúvo passará a ser de 50% do valor do benefício recebido pelo contribuinte que morreu com um adicional de 10% para cada dependente do casal. As pensões também não serão mais vinculadas ao salário minimo. O INSS pagará 100% do benefício apenas aos pensionistas que tiverem cinco filhos. Além disso, o valor extra pago por conta do número de dependentes não será agregado à pensão no momento em que os filhos completarem 18 anos. Também não será possível acumular esse benefício com outra aposentadoria ou pensão.

 

  • Aposentadoria rural: Os trabalhadores rurais, que até agora não eram obrigados a contribuir para o INSS, terão de fazer fazer contribuições para se aposentar. Valerá a idade mínima dos 65 anos.

 

  • Servidores públicos: No caso dos regimes próprios dos servidores públicos, será extinta a chamada “integralidade”, ou seja, o recebimento da aposentadoria com base no salário integral do servidor, assim como também está previsto o fim da paridade (correção dos benefícios com base na regra do servidor na ativa) para homens com menos de 50 anos e para mulheres com menos de 45 anos e que ingressaram antes de 2003 no serviço público. Também será proibido o acúmulo da aposentadoria com pensão por morte, por qualquer beneficiário.

 

  • Policiais e bombeiros: Pela reforma da Previdência, os policiais civis e federais passarão a ser submetidos à regra de idade mínima de 65 anos e de, pelo menos, 25 anos de contribuição. Já policiais militares e bombeiros, que respondem a regras previdenciárias estaduais, não serão atingidos pela reforma previdenciária proposta pelo governo federal. Nesses casos, cada unidade da federação terá de alterar a legislação estadual para mudar as regras para PMs e bombeiros.

 

 

 

Querem que os trabalhadores paguem pela crise dos ricos, aumentando o lucro dos banqueiros

 

A pressa de Michel Temer (PMDB) em retroceder nos direitos dos trabalhadores é grande e tem pautado o ritmo de seu governo desde que assumiu a presidência, contudo, os ataques à Previdência Social não são novidade. Desde os tempos de Fernando Henrique (PSDB), depois sob o comando do PT, nos governos Lula e Dilma, os trabalhadores perdem direitos previdenciários e enfrentam dificuldades para acessar os benefícios do INSS.

 

A proposta, levada às últimas consequências pelo governo Temer, é aplaudida incondicionalmente pelos banqueiros e grandes empresários. A redução das “despesas” com a seguridade social, desvia ainda mais recursos para o pagamento dos juros da dívida e impulsiona o bilionário mercado dos planos privados de aposentadoria, um dos principais e mais rentáveis produtos bancários.

 

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Não existe rombo

 

O argumento que existe um “rombo na Previdência” não poderia ser mais falso. O governo concedeu quase 70 bilhões de reais em “isenções fiscais” que são abatidas justamente da parcela patronal da contribuição previdenciária. Além destas empresas não contribuírem, ainda demitem trabalhadores aos milhares e são incentivadas. O vídeo abaixo, produzido pela Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) desmistifica em dois minutos esse falso argumento do “rombo” e demonstra como a Reforma da Previdência prejudica os trabalhadores:

 

 

Greve Geral para barrar a Reforma da Previdência e derrotar os ataques do Governo

 

“Há uma indignação entre os trabalhadores e o povo mais pobre. As medidas de ajuste fiscal representadas pela PEC 55 e também os ataques contra a Previdência Pública, fazem crescer a necessidade de organizar a resistência. Este é um momento de avançar, precisamos ter ousadia e iniciativa política, para acumular forças e construir um verdadeiro plano de lutas rumo a uma Greve Geral no Brasil”, destaca Joaninha de Oliveira, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

 

De acordo com Joaninha, a disposição dos trabalhadores ao atender o chamado à luta ficou evidenciada na Jornada de Lutas que ocorreu durante o mês de novembro. Para a CSP-Conlutas, é importante que as organizações sindicais e demais centrais rompam as negociações com o governo e unifiquem os esforços para realizar uma greve geral no país que barre os ataques e derrote o governo Temer.

 

*com informações do Portal G1

Marcha da Periferia é realizada em diversos estados no Dia da Consciência Negra

imp-ult-540419976Negras e negros marcharam e realizaram diversas atividades em todo o país para marcar o dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra – data em que se celebra a resistência de Zumbi dos Palmares e Dandara – para publicizar as denúncias contra o racismo, a opressão e a exploração, e a crescente situação de extermínio da população negra no país, sobretudo de sua juventude e os ataques aos quilombolas. A Marcha da Periferia é realizada há 10 anos e organizada pelo Quilombo Raça e Classe, movimento ligado à CSP-Conlutas.  Artistas, ativistas, religiosos de matriz africana, de diferentes grupos, coletivos e organizações políticas, se somaram a atividade.

Este ano, sob o tema “Aquilombar para Reparar”, foram realizadas manifestações, debates, encontros, palestras em escolas e instituições de ensino superior públicas, festivais de Hip Hop, entre outras ações, nas periferias de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí. Ainda ocorrem atividades até o final de novembro.

No Rio Grande do Norte, ocorreram atos em Natal e Ceará Mirim nos dias 18 e 19 de novembro, respectivamente. Na capital potiguar, a I Marcha da Periferia reuniu cerca de 300 pessoas. As palavras de ordem contra o racismo, o machismo e a lgbtfobia se somaram às lutas contra os ataques dos governos. Pela primeira vez os moradores do Bom Pastor, periferia de Natal, presenciaram um ato em reverência às lutas de negros e negras. Durante a marcha, foram realizadas falas políticas de diversas organizações e coletivos independentes, batucadas e apresentações de Hip Hop.

Em Belo Horizonte (MG), foi realizado um debate sobre a reparação dos prejuízos do racismo no dia 18. Em Curitiba (PR), ocorreu a marcha no dia 19 no bairro Almirante Tamandaré, região metropolitana. Em Teresina (PI), como parte das atividades do Novembro Negro, no dia 20 de novembro, foi realizada uma roda de conversa na ocupação Dandara dos Cocais, Zona Norte da cidade. Em seguida, ocorreu uma apresentação cultural no local.

No Rio de Janeiro, dia 20, em homenagem a Dandara e Zumbi dos Palmares, ocorreu a 5ª Marcha da Periferia, “Aquilombar para reparar: nenhum direito a menos para negras e negros”, na Zona Norte da cidade. A programação contou com ato político, Missa dos Quilombos, e atividades culturais. Em Porto Alegre (RS) ocorreu a III Marcha Zumbi Dandara Independente. Logo após o ato, ocorreram atividades culturais. Em Belém (PA), também ocorreu a marcha no dia 20, com os manifestantes saindo de frente da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), onde há uma ocupação de estudantes, até a Praça Matriz localizado na Terra Firme, bairro mais populoso da cidade.

No estado de São Paulo, diversas cidades como São José do Rio Preto, na Ocupação Itália II, São José dos Campos, em Osasco na ocupação Esperança, e na capital paulista nas zonas Leste, Oeste e Sul, aconteceram marchas pelo direito à moradia e contra o genocídio da população negra.

Em São Luiz (MA), cidade que originou a Marcha da Periferia em 2006, a marcha será realizada nesta sexta-feira, 25 de novembro. A população fará o seu protesto nas ruas da cidade e, depois, no 26º Festival de Hip Hop do Maranhão.

*Com informações da CSP-Conlutas e da Marcha Nacional da Periferia. Imagem de CSP-Conlutas

 

 

Fonte: ANDES-SN

CSP-Conlutas lança animação sobre os perigos da PEC 55 (antiga 241)

A Proposta de Emenda Constitucional 55 (antiga 241), também chamada de PEC do Teto de Gastos, tem como objetivo limitar despesas com saúde, educação, assistência social e previdência pelos próximos 20 anos. O mesmo projeto ainda propõe o congelamento do salário mínimo. A aprovação dessa proposta é a prioridade do Governo Temer, que vai pressionar por outros ataques nos próximos meses, como a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista.

Entenda no vídeo porque essa PEC é tão perigosa para os trabalhadores e a população mais pobre.

Clique aqui e assista o vídeo

Assembleia da ADUSC aprova indicativo de greve

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Foto: Ascom ADUSC

Diante do grave cenário de ataques aos direitos sociais os/as professores/as da UESC aprovaram, em Assembleia, no dia 9 de novembro, o indicativo de greve. A Assembleia também aprovou o apoio à ocupação estudantil da UESC e adesão ao calendário nacional de lutas, com paralisação nos dias 11 e 25 de novembro. As medidas fazem parte da mobilização do ANDES-SN por uma greve nacional das Universidades, que impulsione os demais setores da classe trabalhadora rumo à greve geral. A luta é pela derrubada da PEC 55 (antiga 241), defesa dos direitos trabalhistas e sociais, e contra a MP 746, que trata da reforma do ensino médio.

Indicativo de Greve

Atendendo ao chamado do ANDES-SN, seções sindicais em todo país estão realizando rodadas de assembleias, para discutir e encaminhar sobre o indicativo de greve da categoria docente. A ação pretende fortalecer a articulação com outros setores da Educação, contra a PEC 55 (PEC 241, na Câmara) e contra a MP 746/2016. Além do crescimento das ocupações, já estão em greve servidores técnicos e docentes dos institutos federais (pelo SINASEFE) e servidores técnicos das universidades federais (pela FASUBRA). Os/as docentes de vinte e cinco universidades também já deflagraram greve (saiba mais).

No dia 19 de novembro, representantes docentes das Instituições Federais, Estaduais e Municipais de Ensino Superior (IFES/IEES/IMES), do ANDES-SN, se reunirão para avaliar os resultados da rodada de Assembleias e apontar novos encaminhamentos. As indicações da reunião serão levadas para apreciação das categorias em nova rodada de Assembleias.

Calendário nacional de lutas

As paralisações das atividades acadêmicas nos dias 11 e 25 de novembro fazem parte do calendário nacional unificado pelas Centrais Sindicais, pela construção da Greve Geral. No dia 11, os docentes da UESC participaram dos atos de rua que ocorreram em Ilhéus e Itabuna, fortalecendo a unidade com diversas categorias. Em Ilhéus, o ato teve início às nove horas, saindo da lateral do Estádio Mario Viana, em direção à Praça da Prefeitura. Já em Itabuna, o ato ocorreu à tarde, saindo às 16 horas do Jardim do “Ó”.

O dia 25 de novembro será o ponto alto da Jornada de Lutas rumo à Greve Geral, e contará com a participação de todas as Centrais Sindicais do país e suas entidades de base. Uma grande marcha à Brasília está agendada para o dia 29, data em que a PEC 55 estará em votação no Senado. A diretoria da ADUSC reforça o chamado à categoria para este importante calendário de lutas. “O momento é grave e exige de todos e todas o envolvimento e o compromisso com a luta. As paralisações e greves são ferramentas necessárias, para que nossas atividades não sejam permanentemente paralisadas pelo congelamento imposto pela sede de lucro de banqueiros e grande empresários. Não vamos pagar com nosso suor e sangue por essa crise que não é nossa!”, ressalta o presidente da ADUSC, José Luiz de França.

*Com informações do ANDES-SN e CSP-Conlutas

Fonte: ADUSC