Reunião da Coordenação da CSP-Conlutas avalia e prepara ações para o 2º semestre

imp-ult-728477757A partir da reflexão acerca dos acontecimentos do primeiro semestre deste ano, a reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, realizada em São Paulo no último final de semana (29 e 31 de agosto), fez um balanço das ações realizadas no período e discutiu a organização das lutas até o final de 2014.

Ao longo dos três dias, representantes de diversas entidades filiadas à Central Sindical e Popular participaram de debates e ressaltaram algumas das principais lutas empreendidas no primeiro semestre. Também aprovaram resoluções e relatórios apresentados pelos grupos de setoriais dos servidores públicos federais, educação, saúde do trabalhador, campo, negros e negras, mulheres e LGBT e moções que expressam apoio às diferentes lutas da classe trabalhadora e juventude. A programação contou ainda com a presença dos candidatos de esquerda à Presidência da República, que participaram de um debate no sábado.

No primeiro dia (29), os participantes avaliaram em suas intervenções que houve forte mobilização em 2014, não comparável a junho de 2013, mas expressiva e tão importante quanto, por ter sido alavancada pelos movimentos mais organizados da classe trabalhadora. O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, relembrou que a Central teve como tarefa assumir o enfrentamento ao governo federal, sobretudo durante a realização da Copa do Mundo. Também citou a presença constante da CSP-Conlutas em lutas de peso no país, como a greve dos garis do Rio de Janeiro, dos rodoviários de Porto Alegre, dos trabalhadores do Comperj, e em outras ações do movimento popular.

“Estivemos mobilizados e apoiando trabalhadores contra as burocracias e direções dos sindicatos, e também na luta urbana, em defesa por moradia, por meio do Luta Popular, mantendo a Ocupação William Rosa de Minas Gerais, a Esperança de Osasco, fortalecendo os assalariados rurais. Continuamos vivendo uma situação política em avanço, que segue dentro de um processo de disposição da classe contra a burguesia e pela defesa de suas reivindicações”, disse Barela. Na ocasião, também foram citadas outras importantes greves, como a dos técnico-administrativos, do Judiciário federal, de servidores municipais e estaduais, trabalhadores e educação.

A criminalização dos trabalhadores e movimentos sociais, a exemplo da greve histórica dos metroviários de São Paulo, com a demissão de 42 trabalhadores, dos quais 10 foram readmitidos recentemente, e da violência do Estado contra os movimentos, com perseguições, ataques e prisões de militantes, como no caso do Bloco de Lutas, em Porto Alegre; a crise econômica mundial; o genocídio na Palestina, que tem sofrido com os ataques do Estado Sionista de Israel; e a luta LGBT estão entre os temas destacados no primeiro dia de reunião.

Debates
Na manhã de sábado (30), segundo dia da reunião, os três candidatos de esquerda à Presidência da República – Zé Maria (PSTU), Jorge Paz (vice na chapa do PSOL, representando Luciana Genro) e Mauro Iasi (PCB) – debateram os principais pontos que compõem seus programas políticos. O debate contou com a presença de 154 participantes, de 62 entidades, com 18 estados representados no plenário.

Entre os temas discutidos, tiveram destaques a qualidade e o direito aos serviços públicos, como transporte, saúde, educação e moradia, a necessidade de construir a reforma agrária, a garantia dos empregos e a criminalização dos movimentos sociais da classe trabalhadora. Os candidatos abordaram ainda a dívida pública, reforma tributária, mudanças no sistema político, econômico e social do país, as manifestações ocorridas em 2013, a desmilitarização da polícia, genocídio do povo negro, além de outras questões abordadas.

Na ocasião, Marcela Azevedo, da Secretaria Executiva Nacional do Movimento Mulheres em Luta (MML), entregou um documento com as demandas do movimento deliberadas durante o último Seminário Nacional do MML, realizado em São Paulo em agosto deste ano. Os candidatos expressaram concordância com as exigências e planejamento de luta, e se colocaram à disposição de adicionar a pauta a seus programas políticos.

Vídeos do debate estão disponíveis no canal da CSP-Conlutas no youtube

Resoluções, políticas setoriais e moções
A manhã de domingo (31) foi dedicada à aprovação das resoluções, relatórios apresentados pelos grupos e moções. Foram apresentados os relatórios dos setoriais dos servidores públicos federais, educação, saúde do trabalhador, campo, negros e negras, mulheres e LGBT.

A resolução política “Conjuntura e atividades” fez balanço da atuação da Central no primeiro semestre e acusou a criminalização das lutas, movimentos sociais e população das periferias, apontando também o aumento da instabilidade

econômica em países da América Latina, que no Brasil tem se expressado principalmente no setor automotivo com anúncio de demissões, férias coletivas e suspensão temporária de contrato de trabalho, chamado de lay off, o que implica na luta de resistência nas bases das categorias afetadas.

Como política para o segundo semestre, ainda na resolução de conjuntura, está a proposta de unificação das campanhas salariais que começam a ocorrer; o apoio às lutas do movimento popular e as demais mobilizações; manter resistência contra as tentativas de flexibilização das leis trabalhistas; construção de um plano de lutas que inclui a participação nas atividades dos Gritos dos Excluídos, em 7 de setembro, e a realização de um dia nacional de lutas contra a criminalização das lutas, movimentos sociais e população das periferias; além da solidariedade ao povo palestino.

A partir do debate com os presidenciáveis, foi aprovada uma resolução eleitoral com a rejeição da CSP-Conlutas às três candidaturas que detêm maior intenção de voto neste momento – Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves. Assim, a Central destaca os programas alternativos de esquerda que defendem, entre outros aspectos, a suspensão imediata do pagamento das dívidas externa e interna; fim do fator previdenciário; defesa do emprego, fim das demissões imotivadas, contra flexibilização trabalhista e a terceirização; respeito aos direitos dos trabalhadores assalariados do campo e agricultores; 10% do PIB para a educação pública, já.

Também foi aprovada resolução em apoio à greve das universidades estaduais paulistas conclamando o fim das punições, contra a privatização, pelo atendimento da pauta unificada e outras reivindicações dos profissionais em luta, e a convocação do II Congresso Nacional da CSP-Conlutas para os dias 4 a 7 de junho de 2015, em Sumaré, São Paulo, com delegação de preparação à Secretaria Executiva Nacional.

Plebiscito 
No primeiro dia da reunião, Barela citou a armadilha do plebiscito propagado pelos setores governistas neste período eleitoral, e salienta que é necessário “regimentar forças, buscar unidade, fazer exigências e enfrentar a contradição dos setores burocráticos”. Neste sentido, considera como um caminho sólido “a construção de lutas com os movimentos populares e sindicatos no sentido contrário do plebiscito”.

No domingo (31), a Coordenação Nacional da CSP-Conlutas aprovou resolução específica sobre o plebiscito popular por uma Constituinte que faça uma reforma política que está sendo realizado esta semana, entre os dias 1º e 7 de setembro. A Central não apoiará o plebiscito por entender que, diante das regras eleitorais antidemocráticas atuais, não se pode dar carta branca aos parlamentares para reformar o sistema político neste momento. De acordo com o documento aprovado, “o mais provável numa Constituinte, na correlação de força atual do Congresso Nacional, é que se imponha um retrocesso ainda maior às poucas conquistas democráticas que ainda temos”.

Homenagens
Na manhã do dia (29), os participantes prestaram homenagem aos militantes Joel Soares e Tiago Batista, destaques em relação ao trabalho desempenhado nos movimentos, recentemente falecidos.

* Com edição do ANDES-SN

* Fotos: Sinasefe

Fonte: CSP-Conlutas

Porque a CSP-Conlutas não participa do plebiscito sobre reforma política

constituinte-sim-470x210“Você é a favor de uma Constituinte exclusiva e soberana do sistema político?” Esta é a pergunta que será encaminhada no plebiscito popular promovido por diversas organizações sindicais e populares, dentre elas, a CUT, MST, UNE e CTB, durante os dias de 1 a 7 de setembro de 2014.  

Essa proposta foi apresentada pela presidente Dilma no calor das mobilizações de junho do ano passado com o objetivo de desviar o foco de atenção das mobilizações de rua para o parlamento, fortemente questionado naquele momento em decorrência da corrupção generalizada e aos desmandos das autoridades e dos políticos. Naquele período a proposta não teve eco.

Agora, apresentada em forma de plebiscito popular, tenta desviar os trabalhadores da luta que pode – e deve – obrigar o governo a mudar o modelo econômico que aplica hoje, que atende tão somente aos interesses dos bancos e grandes empresas.   A CSP-Conlutas não é contra a realização de consultas e plebiscitos populares como instrumentos de mobilização e diálogo com a classe trabalhadora. São exemplos os plebiscitos sobre a Alca (Área de Livre Comércio da Américas), a propriedade da terra e a dívida externa.

A Central também considera importante promover mudanças no sistema político brasileiro, que é totalmente controlado pelos grandes grupos econômicos. É para esses grupos que o Legislativo elabora a maioria das leis e o Executivo governa. A redução dos salários dos políticos, a prisão e o confisco dos bens dos corruptos e corruptores; a proibição de financiamento das campanhas por empresas; a revogabilidade dos mandatos, dentre outras medidas, são de interesse dos trabalhadores.

Mas não é esse o debate que cumprirá o plebiscito e tampouco estará colocado numa eventual Constituinte exclusiva, como propõe os organizadores do plebiscito.   Aliás, o cenário eleitoral aponta para a continuidade do domínio dos banqueiros, latifundiários e demais corporações econômicas no novo parlamento a ser eleito. Não existe democracia de fato na eleição dos parlamentares. A maioria dos deputados e senadores é eleita pelo poderio econômico de quem financia as suas campanhas.

Portanto, não podemos dar aos parlamentares, que serão eleitos com as regras antidemocráticas atuais, nenhuma carta branca para reformar o sistema político, nesse momento. O mais provável numa Constituinte, na correlação de forças atual no Congresso Nacional, é que se imponha um retrocesso ainda maior às poucas conquistas democráticas que ainda temos.

O plebiscito não cumpre, portanto, um papel progressivo. Mais confunde do que esclarece. Não tem nenhuma relação com apontar uma saída que questione o modelo econômico atual, que promova as mudanças que as manifestações de rua trouxeram à tona.

Por essas razões, a Coordenação Nacional da CSP Conlutas, reunida em São Paulo entre os dias 29 e 31 de agosto, reafirma a posição de não apoiar nem participar desta iniciativa do Plebiscito chamado pelas centrais e demais organizações que apoiam o governo Dilma.

Leia a resolução da Coordenação Nacional na íntegra

Movimento Mulheres em Luta promove Seminário Nacional

10499438_727998513933924_8242194679083341278_oSeguindo os encaminhamentos do I Encontro Nacional do MML, o seminário que acontece entre os dias 16 e 17 de Agosto, em São Paulo, vai discutir os próximos passos da “Campanha de Combate a Violência Contra a Mulher” e aprovar o estatuto da entidade. Com o objetivo de fortalecer o Movimento entre as Associações Docentes da Bahia, uma etapa preparatória para o seminário foi realizada no dia 2 de agosto, na sede da ADUNEB. Na oportunidade, as representantes docentes sugeriram a criação de Ouvidoria nas universidades para dar visibilidade ao machismo e combater a violência contra a mulher. O assunto será pauta da próxima reunião do Fórum das ADs, dia 27 de agosto.

Na UESC uma plenária do MML ocorre nesta quinta-feira (14), a partir das 18 horas, na sala de reuniões do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas, dando início as atividades do segundo semestre de 2014 com uma palestra sobre “Machismo no estado patriarcal”.

*Com informações da ADUNEB

Fonte: ADUSC

Adusc será representada em caravana regional para o Encontro Nacional de Educação

Foto: Laíse Galvão
Foto: Laíse Galvão

Após grade mobilização nacional, com diversos encontros preparatórios, caravanas de norte a sul do país se preparam para o Encontro Nacional de Educação (ENE), que acontecerá entre os dias 8,9 e 10 de Agosto próximo, no Rio de Janeiro. A relevância do ENE foi destaque na fala do presidente da ADUSC, Emerson Lucena Durante a mesa de abertura do Seminário sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), promovido pelo Departamento de Ciências da Educação (DCIE) e a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) da Universidade Estadualde Santa Cruz (UESC), em conjunto com a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, nesta segunda-feira (4), no Auditório Paulo Souto.

Segundo Lucena, o encontro se constitui num espaço democrático, horizontal e norteado por consensos a partir dos movimentos de base envolvido na discussão da educação pública e de qualidade. Diferente dos espaços institucionais e engessados, como a Conferência Nacional de Educação (CONAE), que apenas legitimam as políticas privatistas expressas no PNE sancionado recentemente pelo governo Dilma, o ENE, que já conta com mais 3,5 mil inscritos, pretende agregar as lutas dispersas e definir uma agenda nacional em defesa da educação que expresse os anseios dos trabalhadores.

Para garantir a representatividade regional, a ADUSC, em conjunto com outros movimentos sociais, promoveu três reuniões preparatórias, consolidando uma delegação com cerca de 18 pessoas. Essas, vão se somar ao ônibus rateado com os movimentos articulados pela ADUNEB e a CSP-Conlutas na Bahia, que sai nesta quinta-feira (7). Outros dois ônibus também saem da Bahia, sendo um de estudantes da UEFS e um rateado entre a ADUSB e a ADUFS.

Saiba mais sobre o Encontro aqui.

Liminar intima município do RJ a devolver valores descontados dos professores

imp-ult-1885323070O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro divulgou, nesta segunda-feira (21), liminar favorável ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ). A decisão diz que, até o final do processo, nenhum profissional de educação poderá ser considerado inapto para o exercício do cargo público que ocupa.

De acordo com o Tribunal de Justiça, nenhum profissional de educação pode ser descontado em folha de pagamento por motivo da greve iniciada em 12 de maio deste ano, devendo os valores já descontados por este motivo serem devolvidos em 72 horas. Caso o município do Rio de Janeiro não cumpra a decisão, a pena de multa diária é de R$ 100 mil, visto que não há decisão de ilegalidade até a presente data a respeito da greve.

O documento afirma que “as sanções efetivadas pelo município contra os servidores grevistas repercutem diretamente em sua subsistência e de sua família e a simples adesão à greve não constitui falta grave”.

“Afigura-se prudente deferir a liminar apenas para que se suspendam os efeitos do ato do município, publicado no D.O.M.R.J [Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro] nos dias 13, índice 34 do anexo, e 20 de junho deste ano, pelo qual foram considerados inaptos para o exercício das funções do cargo os servidores grevistas em estágio probatório nele relacionados, bem como os descontos em folha de pagamento motivados pela greve iniciadas aos 12 de maio deste ano, até que se decida especificamente quanto à sua ilegalidade”, informa a decisão do relator, desembargador Nildson Araújo da Cruz.

* Com informações do Sepe/RJ

* Foto: Blog Sepe-VR

 

Fonte: ANDES-SN

Entidades promovem discussão sobre Encontro Nacional de Educação (ENE) no Sul da Bahia

Entidades acadêmicas, sindicais e movimentos sociais de Itabuna e Ilhéus se reuniram na UESC, na ultima quinta-feira (17), com o objetivo de ampliar a discussão preparatória para o Encontro Nacional de Educação (ENE). Os participantes discutiram a importância do evento que acontecerá entre os dias 8, 9 e 10 de Agosto no Rio de Janeiro, e decidiram pela realização de mais duas reuniões para debater os eixos da etapa nacional.

O ENE foi idealizado pelo Comitê Nacional da Campanha “10% do PIB para Educação Pública, Já!”, que é composto por organizações e entidades sociais e sindicais, como o ANDES-SN e a Central Sindical e Popular – Conlutas. Com o objetivo de construir uma proposta alternativa ao PNE que reforça o setor privado e a política de mercantilização da educação, sancionado pela presidente Dilma no dia 26 de junho, o ENE se caracteriza por sua independência das esferas oficiais e faz contraposição a Conferência Nacional de Educação (CONAE). Saiba mais no site http://ene2014.wordpress.com/.

A próxima reunião regional vai acotecer nesta quinta-feira, dia 24 de Julho, no auditório do pavilhão Max de Menezes, a partir das 14 horas, e será norteado pelo texto “Novo plano de governo visa consagrar prevalência do setor privado no financiamento da educação” escrito pelo professor Roberto Leher e disponível aqui. Docentes filiados, coletivos e entidade que tiverem interesse em participar devem entrar em contato pelo e-mail [email protected] com assunto “Encontro Nacional de Educação”.

Na Bahia, a etapa preparatória de Feira de Santana (confira aqui), promovida pela ADUFS, ocorreu entre os dia 14 e 15 de Julho, e contou com participação de representantes do GT de Políticas Educacionais da ADUSC. Em Vitória da Conquista (confira aqui), a atividade organizada pela ADUSB, ocorreu no dia 17, e no dia 30 de Julho a ADUNEB vai realizar uma videoconferência para o debate multicampi (saiba mais).

Entidades e movimentos presentes no dia 17

UESC/PROEX, Escola Agrícola Margarida Alves (EACMA), Movimento Mulheres em Luta, Assembleia Nacional de Estudantes – Livre, APLB, ADUSC, Centro Acadêmico de Letras, Diretório Acadêmico de Biologia, Centro Acadêmico de Ciências Sociais e DCE Livre Carlos Marighella.

Movimento Mulheres em Luta promove plenária de apresentação em Itabuna

 MMLCom objetivo de fortalecer a organização das mulheres nos movimentos populares, sindicatos e demais movimentos classistas na luta contra a opressão à mulher, no Sul da Bahia, o Movimento Mulheres em Luta (MML), convida a todas e todos a participar de sua plenária de apresentação em Itabuna.

A Plenária ocorrerá no dia 14 de julho de 2014, das 18 às 20 horas, na Sala de Reuniões da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), situada na Praça Laura Conceição, 339, Centro, Itabuna – Bahia. A atividade irá reforçar a Campanha Nacional Contra a Violência à Mulher na região.

A violência contra o gênero feminino reveste-se de múltiplas formas, seja na mercantilização do corpo pelas grandes empresas, pela agressão física ou simbólica. Pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo apresentou dados alarmantes da violência contra as mulheres no Brasil, onde mais de 2 milhões de mulheres são espancadas por ano, porém apenas 40% denunciam.

A Lei Maria da Penha, lei nº 11.340/06, criou mecanismos para coibir e prevenir a violência contra a mulher, mas precisa ser melhor efetivada com a aplicação de políticas públicas que garantam a sua implantação. Neste sentido a plenária contará com a participação da Prof.ª Msc. Saskya Miranda Lopes, que irá debater implantação e aplicação da Lei Maria da Penha em Itabuna, Bahia.

Saskya Lopes é Professora do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, pesquisadora e coordenadora do Grupo Redireito: revisando direitos em gênero, étnico/raciais, geracionais e sustentabilidade e Vice-coordenadora do SER-Mulher: serviço de referência dos direitos da mulher, no qual desenvolve pesquisas voltadas para as ferramentas protetivas das mulheres em situação de violência.

Enfrentar a violência hoje significa questionar estereótipos, afirmar a igualdade de gênero no âmbito cultural e social, e implantar mecanismos democráticos que sejam capazes de garantir a cidadania plena. Precisamos levantar a discussão sobre a violência contra a mulher no Sul da Bahia, identificar os principais problemas enfrentados pelas mulheres que sofrem violência física e psicológica, e como combatê-las. É com esse propósito que convidados a todas e todos a participar desta atividade e fortalecer a luta por uma sociedade que garanta a igualdade entre os gêneros.

Contatos:

[email protected]

Evento:

https://www.facebook.com/events/253567651509963/?ref_newsfeed_story_type=regular&source=1

Visite também o grupo do MML Sul Bahia, no facebook:

https://www.facebook.com/groups/526846407373205/

CSP-Conlutas: Secretara Nacional lança boletim com retrospectiva das mobilizações

O Informativo nº27 da Secretaria Executiva Nacional (SEN) da CSP-Conlutas e traz uma breve retrospectiva das mobilizações que marcaram os primeiros dias da Copa do Mundo da FIFA, com destaque para as greves de trabalhadores, a repressão policial e a criminalização dos movimentos sociais. O informativo também aponta para as atividades previstas para o segundo semestre que inclui a nacionalização da campanha de readmissão dos 42 metroviários, demitidos durante greve na capital paulista, e reforça a realização de etapas preparatórias para o Encontro Nacional de Educação (ENE).

Movimento Mulheres em Luta

Entre os dias 16 e 17 de agosto o MML vai promover em São Paulo seu Seminário Nacional. Na oportunidade, serão discutidos os próximos passos da “Campanha Nacional de Combate a Violência à Mulher” aprovada no I Encontro Nacional e o debate estatutário, que deve culminar na aprovação do documento, tão importante para a legalização do Movimento.

 A atividade que constitui um importante fórum nacional da entidade vai contar com a participação da executiva nacional, das executivas estaduais, além de representantes de sindicatos, entidades, movimentos sociais e oposições. A ADUSC também estará representada na delegação que segue do Sul da Bahia.

MMLEm Itabuna, o MML promove nesta segunda-feira (14) uma atividade de apresentação, com conferência da Prof.ª Msc. Saskya Miranda Lopes, que irá debater implantação e aplicação da Lei Maria da Penha em Itabuna, Bahia.  Saiba mais aqui

Abertura da Copa é marcada por protesto, repressão e vaias contra a presidente Dilma

Neste 12 de junho, dia da abertura da Copa no país,  trabalhadores e entidades dos movimentos sindical,  social e estudantil protestaram contra as injustiças e gastos exorbitantes com o megaevento. A insatisfação não foi mostrada somente nas ruas, mas também dentro do estádio. A presidente Dilma Rousseff, que esteve presente no jogo de abertura, foi vaiada pelos torcedores.

 

Repressão –  Em muitas capitais, os atos foram marcados pela repressão e violência do Estado que impediu o livre direito de manifestação. A tropa de Choque e o aparado policial foram acionados  e mais uma vez agiram com extrema truculência.

Em São Paulo, cidade onde foi realizada a abertura da Copa, a manifestação convocada na quadra do Sindicato dos Metroviários, cujo caráter também foi em solidariedade aos 42 demitidos pelo Metrô, foi marcada pela violência policial que cercou o Sindicato e impediu que os manifestantes saíssem em passeata. Em Belo Horizonte e Rio de Janeiro também houve repressão.

Dessa truculência não escaparam nem os jornalistas. Duas correspondentes  na CNN ficaram feridas durante confrontos entre manifestantes e policiais em São Paulo, um jornalista do Opinião Socialista teve as duas mãos contundidas e um jornalista da Reuters sofreu traumatismo craniano em Belo Horizonte.

 

Pelo mundo – Os protestos ganharam repercussão internacional com destaque para a repressão exagerada às manifestações. A solidariedade internacional aos manifestantes do Brasil também foi registrada na  Grécia e manifestantes estendem faixa em apoio à luta dos trabalhadores daqui.

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Atos pelo país – A CSP-Conlutas esteve presente nos atos pelo país e reafirmou a disposição dos trabalhadores em mostrar que na Copa Vai Ter Luta.

Confira os informes dos atos que chegaram até o momento:

São Paulo – A manifestação de São Paulo reuniu 2 mil pessoas, e teve como organizadores a CSP-Conlutas, as entidades do Espaço de Unidade de Ação que reúne mais de cem entidades, e contou também com dezenas de movimentos da juventude e populares. O ato “Na Copa vai ter Luta” incorporou entre suas bandeiras a campanha pela readmissão dos metroviários demitidos em São Paulo.

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A atividade, totalmente pacífica, sofreu descabida repressão policial. Já no início, às 10h, havia encurralado os manifestantes na frente do Sindicato e, por volta do meio dia, tentou dispersar o ato com bombas de gás lacrimogêneo.

O manifestantes se abrigaram na quadra do Sindicato, entretanto, se viram sitiados dentro da entidade. Um acena só vista em período de ditadura militar.

Como se isso não bastasse, foram obrigados a deixar o Sindicato em seguida sob ameaça de invasão da PM.

 

Aracaju (SE) – Em Sergipe, dia 12 de junho, entidades dos movimentos sociais denunciam injustiças da copa.Trabalhadores e estudantes, servidores técnicos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e petroleiros, fizeram atos simbólicos para conscientizar e dialogar com a população.

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Logo cedo, pela manhã, os estudantes ativistas da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL), que fazem parte do coletivo “Pra Fazer Diferente”, estenderam na passarela do Detran uma faixa de sete metro com a seguinte frase: “Quem torce pelo Brasil  luta pela educação. NA COPA VAI TER LUTA!

Na categoria de petroleiros também teve mobilização, na sede da Petrobras na Rua Acre, em Aracaju e na Petrobras em Carmópolis. Com um carro de som na porta da empresa e panfletos, os petroleiros da direção do Sindipetro AL/SE alertavam os demais trabalhadores para além das injustiças da copa.

Na praça General Valadão, além dos estudantes e dos petroleiros, também estavam presentes os servidores técnicos da Universidade Federal de Sergipe, que estão em greve, junto com o sindicato. (Confira a matéria completa aqui).

Rio de Janeiro (RJ) – A manifestação, convocada e organizada pela Plenária dos Comandos de Greve das Categorias em Luta, reuniu 4 mil pessoas no centro da cidade. Estimulados pela greve dos Aeroviários, os manifestantes realizaram um ato de protesto contra os gastos públicos e as injustiças da Copa no centro do Rio de Janeiro.

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Exibindo muitas faixas e bandeiras os manifestantes fecharam totalmente as duas pistas da Avenida Rio Branco e realizaram uma grande passeata em direção a Cinelândia; de onde seguiram depois para os Arcos da Lapa.

O protesto contou com a presença de ativistas e militantes da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), comandos de greve dos servidores da cultura, das universidades e colégios federais, do SINASEFE, do SEPE e a galera da ANEL-RJ e de outras entidades estudantis. Além deles, militantes do PSOL, PCB e PSTU também participaram com suas colunas.

O ato seguiu tranquilo até a chegada aos Arcos da Lapa. Quando se encaminhava para o final, policiais próximos ao carro-de-som detiveram um manifestante, dando início à confusão. Cercada por parte da manifestação a PM reagiu violentamente e dispersou a multidão a base de spray de pimenta e bombas de efeito moral. Apesar da ação violenta da Polícia Militar, que ocupou quase toda a região dos Arcos da Lapa, uma parte dos manifestantes continuou pacificamente embaixo dos Arcos da Lapa e o restante se dispersou organizadamente. (com informações da Agência Anota)

Brasília – Estudantes e trabalhadores fazem em manifestação na rodoviária do Plano Piloto. Participaram do ato Anel, CSP-Conlutas, Fasubra, Movimento Mulheres em Luta e Sinasefe.

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Fortaleza (CE) – Um protesto de trabalhadores da construção civil bloqueou o cruzamento da avenida Beira-Mar com a rua Tibúrcio Cavalcante na manhã desta quinta-feira (12). O grupo reclama dos gastos excessivos da Copa e pede mais investimentos em áreas como a saúde e educação.Outra reivindicação da categoria é o reajuste salarial de 15%, além  de cesta básica no valor de 120 reais.  (com informações do Diário do Nordeste)

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Fonte: CSP-Conlutas

Ás vésperas da copa, greves agitam o país

A Copa do Mundo se aproxima e as mobilizações por todo o país não param. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e São Luis, os rodoviários lutam por melhores salários e condições de trabalho. Em Belo Horizonte, são os profissionais de educação da rede municipal, assim como em Teresina e no Rio de Janeiro. Também estão em greve os servidores da área da Cultura, da base do Sinasefe e da Fasubra. Os policiais civis e federais realizaram uma paralisação de 24 horas na última quarta (21), e servidores públicos federais estão em campanha salarial. Também fazem parte das mobilizações, professores das Instituições Federais de Ensino Superior e das universidades estaduais, além dos operários da construção civil e funcionários do judiciário.

 Mulheres mobilizadas em defesa da classe trabalhadora

O Movimento Mulheres em Luta (MML) esteve presente nas manifestações do 15 de maio, realizado em todo o país contra os despejos e as injustiças da Copa. O Movimento defende a soma das forças às diversas reivindicações e a unificação da classe trabalhadora na luta contra a violência à mulher, exigindo mais investimentos em programas de atendimento, além da aplicação da Lei Maria da Penha. Agora, o MML se prepara para a grande mobilização do dia 12 de junho, data da abertura da Copa do Mundo no Brasil.

 

Leia o Boletim do MML

Leia mais no site da CSP Conlutas