Entidades divulgam vídeo do Encontro Nacional de Educação e chamam Dia de Mobilização para outubro

As entidades que compõem o Comitê Executivo Nacional da Campanha pelos “10% do PIB para a Educação Pública, Já!” divulgaram nesta sexta-feira (19) o vídeo que traz um resumo emocionante do Encontro Nacional Educação (ENE), realizado no início de agosto, no Rio de Janeiro e que reuniu mais de 2 mil representantes de diversos movimentos sindicais, sociais e populares de todo o Brasil, que militam em defesa da educação pública.Assista aqui.

Entre os encaminhamentos aprovados no ENE está a realização, nos estados, de um dia de Luta em Defesa da Educação Pública, na segunda quinzena de outubro. Em reunião no dia 13 de setembro, os representantes do Comitê Executivo Nacional deliberam pela produção de um cartaz para ampla divulgação do ato, que será organizado localmente pelos comitês estaduais e regionais (confira aqui).

O ENE apontou ainda pela realização do II Encontro Nacional de Educação em 2016, precedido de encontros estaduais preparatórios; a manutenção e ampliação do Comitê Nacional em defesa dos 10% do PIB para a Educação Pública, Já!; e organização de agenda de atividades e ações como referência para orientação e realização de tarefas que façam avançar a luta.

Para fortalecer a mobilização, será elaborada uma cartilha com as principais bandeiras da luta em defesa da educação pública, com base nos sete eixos que nortearam os debates do ENE, que servirá de instrumento de formação.

O Comitê Executivo destacou uma comissão responsável pela elaboração do material. A sistematização dos Anais do Encontro Nacional também já foi encaminhada e será apresentada na próxima reunião, agendada para 8 de novembro.

 

Fonte: ANDES-SN

Professores, estudantes e técnicos das Universidades Estaduais fazem protesto por mais verbas

Como parte da Semana de Mobilização e Luta (15 a 19 de setembro), professores, estudantes e técnicos da Uesb, Uefs, Uesc e Uneb realizaram na manhã desta quarta (17) manifestação na Assembleia Legislativa por 7% da receita líquida de impostos para o orçamento, ampliação do quadro docente e aprovação do projeto de lei para desvinculação de vagas por classe. Membros da ADUSC e demais setores da comunidade acadêmica da UESC participam da atividade contra o sucateamento das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA).

Em nota divulgada pelo Correio da Bahia, o governo contesta a reivindicação das categorias por mais verbas ao afirmar que os recursos têm aumentado ao longo dos anos. De fato, o orçamento total das Universidades cresceu. Contudo, o aumento é decorrente da ampliação da folha de pessoal, fruto da expansão das UEBA. Atualmente as Universidades utilizam cerca de 80% de seu orçamento total para o pagamento de pessoal.

Os recursos restantes são verbas de manutenção, investimento e custeio responsáveis pelo pagamento de bolsas (monitoria, pesquisa e extensão), trabalhadores terceirizados, contas de água, luz, telefone, materiais de higiene, participação em eventos, manutenção das estruturas físicas e veículos, por exemplo.  Neste ano, o governo reduziu as referidas verbas em quase R$ 12 milhões. Para o ano que vem, uma nova redução de R$ 7,3 milhões foi anunciada pelo governo.

Como os recursos atuais são insuficientes, após pressão do Movimento Docente, um incremento para a folha de pessoal em cerca de R$ 7 milhões foi anunciado pelo governo em maio para a contratação e nomeação de professores substitutos, além de outros R$ 7 milhões para demais despesas. Até ontem (16), depois de três meses, nenhum centavo tinha caído nas contas das Universidades. Segundo informações do Fórum de Reitores, a segunda parcela do repasse teria sido retirada da mesa de negociação com o governo.

A matéria do Correio comunica também que durante uma reunião entre reitores, Secretaria de Educação e Secretaria de Administração, na tarde dessa terça, na véspera da paralisação de atividades nas quatro Universidades, o governo teria se comprometido em fazer o repasse de R$ 7,8 milhões na quarta (17). O Movimento Docente ainda não tem informações se os recursos foram depositados.

Em função das mobilizações, o Fórum das ADs recebeu informação que o coordenador da Codes agendou reunião na segunda (22) com os reitores para a apresentação de um quadro docente emergencial. A reunião estava prevista anteriormente para o dia 30 de setembro.

*veja fotos no flickr da ADUSC

Fonte: ADUSB, com alteração

InformADUSC de cara nova: Já esta no ar o novo boletim semanal da ADUSC

A ADUSC lançou, este mês de agosto, seu novo e reformulado boletim eletrônico, ampliando o diálogo da associação com seus associados em adequação as novas possibilidades digitas. O boletim conta com um design mais leve e moderno e foi reestruturado para facilitar a navegação, também pelo celular e tablet direto do e-mail pessoal.

cadastroPara tanto, os interessados em receber o nosso boletim semanal devem acessar o site da ADUSC através do endereço www.adusc.org e fazer seu cadastro no serviço InformADUSC disponível na página principal.Ao preencher o cadastro, o usuário receberá um e-mail de confirmação. Caso o e-mail não seja localizado na caixa de entrada verifique a lixeira eletrônica ou spam, mas não esqueça de confirmar o cadastro.

ATENÇÃO! O Boletim Eletrônico por anexos em PDF será encaminhado apenas durante o mês de Setembro.  A partir de Outubro o InformADUSC em nova versão será encaminhado apenas aos professores cadastrados.

ADUSC convoca associados a participar do Encontro dos docentes das UEBAS

628-3O XII Encontro dos Docentes das Universidades Estaduais das Universidades Estaduais da Bahia ocorrerá entre os dias 4 e 6 de Setembro, na sede da ADUFS, em Feira de Santana. Realizado a cada dois anos pelo Fórum das ADs, o encontro tem o objetivo de fortalecer e aprofundar o debate das pautas docentes e da defesa da educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada.

A ADUSC reforça a importância deste espaço e convoca seus associados a participar do encontro, que debaterá temas como carreira, financiamento, saúde do trabalhador e conjuntura. O(A)s interessado (a)s devem entrar em contato com a secretaria da ADUSC até o dia 25 de Agosto, próximo.

Assembleia docente pauta conjuntura de lutas nas UEBA e elege delegado para o 59º CONAD

Com o indicativo de greve aprovado desde abril, o Movimento Docente da UESC também aponta para o endurecimento de suas ações contra o governo. Na assembleia convocada para a eleição do delegado para 59º CONAD, realizada na quinta-feira, 7 de agosto, a campanha orçamentária das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) também foi pautada nos informes. Os entraves impostos para promoção, contratação de docentes aprovados em concurso e a negativa para o PL da Desvinculação também ganharam destaque.

Crise nas UEBA e PL da Desvinculação

Para os presentes na assembleia as tentativas da categoria para garantir o diálogo com o governo em torno do sucateamento imposto pela escassez orçamentária das Universidades já chegaram ao limite. Diversas paralisações e atos públicos conquistaram a suplementação de mais de R$ 18 milhões para as quatro instituições, aplicados principalmente na verba de pessoal. No entanto, os problemas estruturais acumulados nos últimos anos se agravaram com a redução do orçamento destinado ao custeio e investimento de 2014, que sofreu uma queda de 12 milhões em relação a 2013.

Soma-se a isto, a negativa para o PL da Desvinculação, que destravaria as filas para promoção, e a falta de perspectiva para contratação de professores para ocupar as vagas disponíveis, visto os concursos que encerram seus prazos sem a contratação dos aprovados. A situação imposta as UEBA foi denunciada via protocolo pelo Fórum das ADs, que durante reunião realizada no dia 31 de Julho, ultimo, encaminhou pelo fortalecimento da unidade com as demais categorias durante o mês de agosto e a construção de uma greve de advertência a ser aprovada pelas assembleias em setembro.

Saiba mais sobre a reunião do Fórum das ADs

Veja o documento de denúncia protocolado pelo Fórum das ADs no dia 15 de julho.

A assembleia docente também encaminhou para a assessoria jurídica da ADUSC a entrada num processo jurídico relativo à efetivação do pagamento das promoções já aprovados internamente, para garantir o cumprimento do direito trabalhista da categoria.

59º CONAD

Entre os dias 21 e 24 de agosto ocorrerá em Aracaju o 59º Conad (Congresso do Conselho do ANDES-SN). A Adusc levará, segundo deliberação em assembleia, Emerson Lucena como delegado e como observadores, Luiz Henrique Blume e Maria Aparecida de Aguiar. O 59º Conad tem como tema central Luta em defesa da educação: autonomia da universidade, 10% do PIB exclusivamente para a educação pública.

Caderno de Textos do 59º Conad foi divulgado no dia 18 de junho. O documento, encaminhado às Seções Sindicais para reprodução e utilização como subsídio às discussões da categoria, tem o papel de socializar debates e formulações da categoria, além de auxiliar na construção das sínteses necessárias ao movimento docente para o próximo período de lutas e mobilizações.

Confira o Anexo ao Caderno de Textos, aqui.

*com informações do ANDES-SN

Fonte:  ADUSC

Foco de incêndio na UESC preocupa comunidade acadêmica

No dia 24 de julho ocorreu um princípio de incêndio no pavilhão Max de Menezes, prédio que agrega salas e laboratórios de pós-graduação. Segundo relatos não se trata de um problema isolado, posto que o prédio também apresenta rachaduras e infiltrações.

As explosões seguidas de focos de incêndio ocorreram no 1º andar do prédio e surpreenderam servidores e estudantes, que em pânico e parcialmente intoxicados pela fumaça conseguiram, felizmente, abandonar os corredores, mesmo sem visibilidade alguma quando do ocorrido. Além da gravidade do princípio de incêndio em si é especialmente alarmente o fato de que nem o alarme nem os dispositivos anti-incêndio funcionaram.

Rachaduras e infiltrações são facilmente encontradas nos corredores do prédio
Rachaduras e infiltrações são facilmente encontradas nos corredores do prédio. Foto: Ascom ADUSC

Os usuários do Max de Menezes já solicitaram vistoria imediata do prédio e o Departamento de Ciências Biológicas (DCB) também encaminhou em plenária a formação de uma comissão para acompanhar diretamente os procedimentos de investigação e resolução dos problemas, que também incluem as infiltrações e rachaduras.

Em assembleia da ADUSC, na ultima quinta-feira (7), também foi encaminhada a cobrança de respostas concretas para os problemas estruturais não apenas deste pavilhão, mas também das denuncias referentes ao DCET, feita pela ADUSC em Abril deste ano (veja aqui).

Fórum das ADs chama comunidade acadêmica para o enfrentamento com o governo

A negativa do governo Wagner para o PL da Desvinculação e a intransigência frente à reivindicação de no mínimo 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as Universidades Estaduais Baianas (UEBA) aponta um horizonte de agravamento da crise orçamentária em 2015.  Para evitar mais este ataque, o Fórum das Associações Docentes (ADs) indicou para o próximo período a construção de uma greve de advertência a ser deflagrada no mês de setembro. O Fórum das Doze – que congrega representações docentes, de servidores técnicos e estudantis – também se reuniu na ultima quinta-feira (31), e reafirmou a importância de fortalecer a luta conjunta na base das três categorias em defesa dos 7% da RLI, já! Assim, o mês de agosto será marcado pela mobilização no seio da comunidade acadêmica, até que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), com a cota universitária para 2015, seja divulgado.

IMG_6889Entre as representações docentes, estudantis e de servidores técnicos é unânime a defesa do endurecimento com o governo. Apesar da suplementação orçamentária garantida através da luta dos últimos meses, e da vitória dos servidores técnicos com a aprovação do plano de cargos e salários, os problemas estruturais causados pela crise orçamentária tornam as condições de estudo e trabalho cada vez mais sucateadas. As filas para promoção e progressão também são crescentes e, os estudantes continuam sofrendo com o constante atraso nas bolsas e as precárias condições de permanência.

Nestas condições, foi deliberado um conjunto de medidas visando à mobilização interna, com a distribuição de uma carta denuncia elaborada conjuntamente e posteriormente a realização de reuniões ampliadas, com as entidades e coletivos organizados de cada instituição. A discussão do calendário de ações que possa contemplar inclusive a greve de advertência deve ocorrer em setembro, nas respectivas assembleias das categorias.

“A redução em 12 milhões no orçamento para custeio e investimento de 2014, em relação a 2013, impôs uma crise sem precedentes as universidades e exige medidas igualmente duras para que o mesmo não se repita em 2015”, afirma Emerson Lucena, presidente da ADUSC. Uma nova reunião dos fóruns das ADs e das Doze está agendada para o dia 27 de Agosto, na sede da ADUSB, em Vitória da Conquista.

Participaram da reunião: ADUSC, ADUSB, ADUNEB, ADUFS, DCE UESB campus Vitória da Conquista, DCE UEFS, SINTEST UEFS, Coletivo Retomada (UESC).

*Fotos: Murilo Bereta

Adusc será representada em caravana regional para o Encontro Nacional de Educação

Foto: Laíse Galvão
Foto: Laíse Galvão

Após grade mobilização nacional, com diversos encontros preparatórios, caravanas de norte a sul do país se preparam para o Encontro Nacional de Educação (ENE), que acontecerá entre os dias 8,9 e 10 de Agosto próximo, no Rio de Janeiro. A relevância do ENE foi destaque na fala do presidente da ADUSC, Emerson Lucena Durante a mesa de abertura do Seminário sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), promovido pelo Departamento de Ciências da Educação (DCIE) e a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) da Universidade Estadualde Santa Cruz (UESC), em conjunto com a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, nesta segunda-feira (4), no Auditório Paulo Souto.

Segundo Lucena, o encontro se constitui num espaço democrático, horizontal e norteado por consensos a partir dos movimentos de base envolvido na discussão da educação pública e de qualidade. Diferente dos espaços institucionais e engessados, como a Conferência Nacional de Educação (CONAE), que apenas legitimam as políticas privatistas expressas no PNE sancionado recentemente pelo governo Dilma, o ENE, que já conta com mais 3,5 mil inscritos, pretende agregar as lutas dispersas e definir uma agenda nacional em defesa da educação que expresse os anseios dos trabalhadores.

Para garantir a representatividade regional, a ADUSC, em conjunto com outros movimentos sociais, promoveu três reuniões preparatórias, consolidando uma delegação com cerca de 18 pessoas. Essas, vão se somar ao ônibus rateado com os movimentos articulados pela ADUNEB e a CSP-Conlutas na Bahia, que sai nesta quinta-feira (7). Outros dois ônibus também saem da Bahia, sendo um de estudantes da UEFS e um rateado entre a ADUSB e a ADUFS.

Saiba mais sobre o Encontro aqui.

Postura repressora do Estado é denunciada em audiência pública no Senado

No dia 14 de Julho, representantes de movimentos sociais, sindicais, e estudantil, participaram de audiência pública sobre criminalização dos movimentos sociais na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa

Dois dias após a prisão arbitrária de 21 integrantes de movimentos sociais, e das detenções e forte repressão por parte da polícia que marcaram os atos realizados no Rio de Janeiro no encerramento da Copa do Mundo no Brasil (13), a criminalização dos movimentos sociais foi novamente pauta de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal, na manhã desta segunda-feira (14).

O tema já havia sido debatido pela mesma Comissão no dia 22 de maio, a partir de requerimento assinado por várias entidades e organizações sociais, entre elas a CSP-Conlutas, e voltou a ser discutido na Casa, com a participação de representantes de movimentos sindicais, sociais, estudantil e de centrais sindicais brasileiras. A solicitação para a audiência nesta segunda (14) foi feita no mês passado pelo senador Paulo Paim (PT), que presidiu a mesa.

Durante as falas, foi ressaltada a importância de garantir o direito à livre manifestação, e de coibir qualquer tentativa que impeça a luta dos movimentos e a mobilização. A postura do Estado, que utiliza forte aparato policial para reprimir as manifestações, através do o uso ostensivo de  armamento pesado, sprays de pimenta, bombas, cassetetes e balas de borracha, foi repudiada pelos convidados.

O representante da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, ressaltou que a discussão sobre a criminalização dos movimentos sociais é antiga, já discutida em seminários na OAB e em outras audiências públicas realizadas em comissões na Congresso Nacional. “Os governantes, empresários e patrões buscam criminalizar os movimentos sociais de tal maneira a impedir que eles lutem por suas reivindicações. Temos os interditos proibitórios, que não permitem que os sindicatos realizem assembleias ou abordem os trabalhadores para fazer simples manifestações, a lei de greve que na verdade é uma lei anti-greve, que não permite aos trabalhadores fazer greves e movimentos. Estamos assistindo descaradamente nas últimas décadas a prisão de dirigentes sindicais, a intimidação, as demissões por justa causa. Enfim, toda essa situação tem feito com que o movimento social e os trabalhadores tenham lutado muito contra a criminalização”.

O representante da CSP-Conlutas destacou a participação de milhares de pessoas nas manifestações iniciadas em 2013, na luta por mais recursos para educação, saúde e mobilidade urbana, e da presença dos trabalhadores e da juventude nos atos realizados a partir de junho do ano passado. Mancha comentou ainda sobre o aumento expressivo do número de greves nos últimos meses. “As manifestações pelo país estão cada vez maiores. O povo aprendeu que para ter suas reivindicações atendidas é preciso lutar. E, desgraçadamente com esta nova situação, a gente viu que a repressão aos movimentos sociais cresceu também de forma assustadora, porque eles querem intimidar a nossa luta. Assistimos a uma escalada de onda repressiva que não víamos há muito tempo no país”.

Ao longo da audiência pública, foram citados casos que reforçam a truculência da polícia e a ação do Estado para impedir a realização dos protestos, como no dia 12 de junho, data da abertura da Copa do Mundo em São Paulo. Na ocasião, os manifestantes foram sitiados na sede do Sindicato dos Metroviários e obrigados a permanecer no local. Ainda sim, foram vítimas das bombas de gás lançadas pela polícia e tiveram que desocupar o local sem bandeiras e identificação, sob a ameaça de invasão e violência. Os participantes também lembraram as demissões ilegais dos 42 metroviários de São Paulo, e a dura repressão protagonizada pela polícia nos atos realizados neste domingo, no Rio de Janeiro, que resultou em novas prisões e dezenas de feridos, entre eles, 15 jornalistas.

Para Mancha, a mobilização é fundamental para barrar a ofensiva do Estado e dos governos, que têm intensificado a perseguição, o monitoramento, inclusive com prisões preventivas, aos movimentos. “Esta semana teremos a rodada dos Brics em Fortaleza, e os trabalhadores farão protestos. Na sexta, haverá uma manifestação em São Paulo contra a criminalização dos movimentos sociais e pela readmissão dos metroviários. Neste momento, é importante fazer um chamado ao conjunto das centrais para que assumam estas mobilizações. Para enfrentar isso tudo é preciso aumentar a luta e parar o país, se for preciso”, afirmou.

De acordo com o representante da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel), Lucas Brito, desde 2012 foram realizadas mais de 700 detenções no Rio de Janeiro e 374 em São Paulo. “Milhares estão sendo processados e em muitas provas constam fotos em que as pessoas estão em cima de um caminhão de som, que são utilizadas para afirmar que eles são líderes para destruir a ordem pública do país. Sabemos que quem causa a desordem são vários governantes que transformam os cofres públicos em farra. O verdadeiro vandalismo que está ocorrendo no país é a situação do transporte, da saúde e da educação. Basta pegar um ônibus para saber onde está o verdadeiro vandalismo”, ressaltou.

Brito denunciou ainda o caso do estudante Murilo Magalhães, que foi preso e torturado dentro do prédio da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo em junho, e a prisão do estudante e funcionário da USP Fábio Hideki Harano, também no último mês. O representante da Anel relatou também a dificuldade que possui para entrar no Senado Federal. “É emblemático que toda vez que eu venho aqui e que ao início desta audiência pública, eu tenha sido barrado na entrada do Senado sob a acusação de ter participado, em 2009, de uma manifestação na qual a população lá fora estava gritando contra os atos secretos do senador Sarney. Desde então sou proibido de entrar naquela que é chamada a casa do povo, apesar de ter sido absolvido no mesmo ano. Acho importante comentar este fato no momento em que estamos discutindo a criminalização dos movimentos”.

Além da CSP-Conlutas e da Anel, participaram da audiência pública representantes da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), do Fórum Sindical dos Trabalhadores e da Força Sindical. Também estiveram presentes integrantes do Mídia Ninja, da CTB, do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, entre outros.

O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino Prazeres, comentou a situação enfrentada pela categoria, e ressaltou o apoio dado à entidade pelos movimentos sociais e sindicais. “Temos nossos heróis contemporâneos, que são os milhares que foram às ruas e conseguiram reduzir o preço das passagens, por exemplo. Os heróis de verdade são os que lutam”, disse.  Prazeres citou ainda a luta da comunidade acadêmica das universidades estaduais paulistas – USP, Unicamp e Unesp -, em greve desde maio. “Eles estão em greve na defesa do conhecimento. Quando se destrói a universidade pública, se destrói o conhecimento desta universidade”, ressaltou. “Nós, trabalhadores, somos escravos modernos, e são várias as senzalas que estão se levantando. Podem nos criminalizar, pois vamos continuar. Lutaremos para ter saúde e educação pública para todos, e que o transporte seja um direito”, concluiu.

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Fonte: ANDES-SN

 

Entidades promovem discussão sobre Encontro Nacional de Educação (ENE) no Sul da Bahia

Entidades acadêmicas, sindicais e movimentos sociais de Itabuna e Ilhéus se reuniram na UESC, na ultima quinta-feira (17), com o objetivo de ampliar a discussão preparatória para o Encontro Nacional de Educação (ENE). Os participantes discutiram a importância do evento que acontecerá entre os dias 8, 9 e 10 de Agosto no Rio de Janeiro, e decidiram pela realização de mais duas reuniões para debater os eixos da etapa nacional.

O ENE foi idealizado pelo Comitê Nacional da Campanha “10% do PIB para Educação Pública, Já!”, que é composto por organizações e entidades sociais e sindicais, como o ANDES-SN e a Central Sindical e Popular – Conlutas. Com o objetivo de construir uma proposta alternativa ao PNE que reforça o setor privado e a política de mercantilização da educação, sancionado pela presidente Dilma no dia 26 de junho, o ENE se caracteriza por sua independência das esferas oficiais e faz contraposição a Conferência Nacional de Educação (CONAE). Saiba mais no site http://ene2014.wordpress.com/.

A próxima reunião regional vai acotecer nesta quinta-feira, dia 24 de Julho, no auditório do pavilhão Max de Menezes, a partir das 14 horas, e será norteado pelo texto “Novo plano de governo visa consagrar prevalência do setor privado no financiamento da educação” escrito pelo professor Roberto Leher e disponível aqui. Docentes filiados, coletivos e entidade que tiverem interesse em participar devem entrar em contato pelo e-mail [email protected] com assunto “Encontro Nacional de Educação”.

Na Bahia, a etapa preparatória de Feira de Santana (confira aqui), promovida pela ADUFS, ocorreu entre os dia 14 e 15 de Julho, e contou com participação de representantes do GT de Políticas Educacionais da ADUSC. Em Vitória da Conquista (confira aqui), a atividade organizada pela ADUSB, ocorreu no dia 17, e no dia 30 de Julho a ADUNEB vai realizar uma videoconferência para o debate multicampi (saiba mais).

Entidades e movimentos presentes no dia 17

UESC/PROEX, Escola Agrícola Margarida Alves (EACMA), Movimento Mulheres em Luta, Assembleia Nacional de Estudantes – Livre, APLB, ADUSC, Centro Acadêmico de Letras, Diretório Acadêmico de Biologia, Centro Acadêmico de Ciências Sociais e DCE Livre Carlos Marighella.