Movimento Docente protesta no cortejo 2 de Julho em defesa dos direitos

Fotografia: Murilo Bereta (ASCOM Aduneb)
Fotografia: Murilo Bereta (ASCOM Aduneb)

O Movimento Docente (MD) das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) participou, no ultimo domingo (2), do tradicional bloco da educação no Cortejo 2 de Julho, em Salvador. Este ano, o bloco do Fórum das ADs junto com o ANDES-SN, CSP-Conlutas, movimentos sindicais, estudantis e sociais denunciaram o grave cenário de não efetivação dos direitos trabalhistas enfrentados pelos professores junto à crise financeira que impacta a educação nas estaduais.

Através de palavras de ordem, faixas e cartazes os docentes demonstraram à  população a luta em defesa da educação pública e dos direitos trabalhistas com a campanha “O governo que mais ataca a carreira docente”, que alertou a população baiana sobre os ataques do governo Rui Costa (PT) aos professores.

Carreira docente
Entre os problemas, destaca-se o grande número de processos emperrados de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho de professores. Nesse âmbito, atualmente existem um total de 1.042 processos travados quando somada a situação das quatro universidades estaduais. O que fere o Estatuto do Magistério e implica no não desenvolvimento da pesquisa, ensino e extensão das universidades.

No terreno do salário também há problemas. Apenas em 2016, um docente Auxiliar A, deixou de receber R$ 7.962,79. Um Assistente A teve como perda R$ 10.776,57. Em um professor Adjunto A o impacto no bolso foi de R$ 14.224,59. No Titular A, o prejuí­zo acumulado pela inflação foi de R$ 16.857,28. Já o Pleno deixou de receber 21.849,54. Os cálculos são da Adufs, baseado em dados do DIEESE. Após o acúmulo da inflação dos últimos dois anos, período em que Rui Costa negou o pagamento da reposição inflacionária à  categoria, e ausência de polí­tica de recomposição salarial a reivindicação salarial deste ano à de 30,5%.

Além dos os direitos ameaçados, as universidades também passam por um estrangulamento orçamentário. Somente 5% da Receita Lí­quida de Impostos (RLI) para custeio e investimento das UEBA já¡ Não atendem mais as necessidades da comunidade acadêmica.

Esse ano o bloco pautou as questões específicas das universidades estaduais ao lado da luta Fora Temer e contra as reformas. O coordenador do Fórum das ADs, Milton Pinheiro, avaliou positivamente a manifestação. “Conseguimos pautar as nossas reivindicações e dialogar com a sociedade baiana sobre a nossa pauta. Isso é fundamental para avançarmos no sentido de radicalizar o enfrentamento frente ao Governo do Estado dentro do que estamos apontando para o indicativo de greve em defesa dos direitos trabalhistas e da educação. O caminho é fortalecer a luta e as mobilizações de rua para a greve”.

Fonte: Fórum das ADs

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