Fórum das ADs se reúne e realiza seminário interno sobre Carreira Docente

A reunião ordinária do Fórum das ADs ocorreu entre os dias 26 e 27 de Julho, na sede da ADUSB, em Vitória da Conquista. Na oportunidade, um seminário interno deu conta de aprofundar o debate sobre carreira docente, fazendo um resgate histórico das lutas pelo Estatuto do Magistério superior. A situação do quadro de vagas e orçamento também fizeram parte da pauta que também foi debatida com o Coordenador da CODES, Nildon Pitombo, nesta segunda-feira (29).

Coordenado pelos representantes da ADUFS, Maslowa Freitas e Haroldo Benatti,  o seminário sobre carreira trouxe a memória as lutas travadas desde as primeiras propostas do plano de carreira, como o acampamento “Marajá é a mãe”, com duração de cem dias, em 1987. O protagonismo do MD baiano na conquista do primeiro Estatuto em 1989, sendo o primeiro plano de carreira brasileiro com base nos princípios do ANDES-SN sobre o tema, e depois a conquista do segundo Estatuto, em 2002, ainda em vigência, também foram ressaltados.

Sobre o assunto, os docentes encaminharam a criação de um GT Carreira com dois representantes de cada AD, que será responsável pela criação de um caderno para ampla divulgação entre a categoria. O GT também será responsável por elaborar uma proposta para apreciação da categoria antes da discussão com o governo no dia 30 de setembro.

Sobre orçamento e quadro de vagas o Fórum encaminhou pelo fortalecimento da campanha que defende 7% da RLI já para o orçamento de 2014. Nesta perspectiva, um dossiê com os problemas provenientes dos baixos investimentos orçamentários nas UEBA será elaborado pelas ADs. Além disso, o Fórum das ADs já solicitou uma reunião com o Fórum das 12 (docentes, discentes, servidores) e o Fórum de Reitores, nos dias 21 e 22 de agosto, respectivamente, para discutir orçamento e quadro docente, e dias de mobilização serão realizados em defesa da ampliação do quadro e realização de concursos públicos.

Governo sanciona PL do termo de acordo

O Projeto de Lei 20.353/2013 referente ao acordo salarial firmado entre os docentes das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) e o governo estadual foi sancionado na ultima quarta-feira (03).  O PL prevê a incorporação do da CET (24,97% ao salário base, no ano de 2013, com parcelas em maio, novembro, dezembro) e reajuste salarial de 7% para 2014. Continuar lendo Governo sanciona PL do termo de acordo

Docentes participam de protestos no 2 de julho

Mantendo a tradiADs no cortejo. Foto: Emiriene Costação do calendário de protestos da categoria, docentes das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) tiveram presença marcante no cortejo de 2 de Julho, em Salvador. Servidores técnico e estudantes também participara do bloco das UEBA.

Com faixas, cartazes e balão do Fórum das ADs, os docentes reivindicavam educação pública, gratuita e de qualidade, e liberdade de manifestação dos trabalhadores. Nas camisas exigem 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do Estado para o orçamento das UEBA e revogação da Lei 7176/97, que fere a autonomia universitária.Moradores também protestaram. Foto: A Tarde

Na data que marca a independência da Bahia, o trajeto cívico demonstrava a consonância dos baianos com os protestos a nível nacional. Além dos movimentos sindicais, estudantis e sociais, moradores do percurso levantavam cartazes exigindo mais investimento nos serviços púbico, denunciando o plebiscito que não representa o interesse da população, dentre outros.

Representantes do ANDES-SN e da CSP-Conlutas também marcaram presença no cortejo dos docentes, que foi embalado por uma fanfarra.

 

Setores das UEBA devem marcar presença no cortejo de 2 de Julho

Os docentes das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) participarão do cortejo de 2 de Julho em Salvador, data que simboliza a independência da Bahia. A diretoria da ADUSC reforça a convocação para que um grande número de professores esteja presente no ato, que representa um importante espaço de denuncia quanto a situação das instituições.

Faixas, balões, camisas e pirulitos servirão como instrumento de denuncia e divulgação de nossas lutas, enquanto um grupo de fanfarra reforçará o protesto durante o cortejo.

A ADUSC disponibilizará o transporte para os interessados que devem procurar a secretaria da sessão sindical até próxima quarta-feira (26).

Fórum das ADs acompanha tramitação do PL e discute continuidade na luta

Na ultima segunda-feira (17), o Fórum das ADs esteve reunido na sede da ADUSC e avaliou positivamente a repercussão da assinatura do Acordo Salarial entre a categoria nas quatro UEBA. Na ocasião, os representantes docentes discutiram os próximos passos para garantir a continuidade na luta, tanto para efetivação do Acordo, quanto para as reivindicações de 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para o orçamento das UEBA e revogação da Lei 7176/97.

Segundo a Coordenação para o Desenvolvimento da Educação Superior (Codes) o Projeto de Lei (PL) referente ao Acordo já foi encaminhado para a Assembleia Legislativa (ALBA) com a aprovação da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Conforme o Fórum das ADs, esse tramite continuará acompanhado, para garantir que a tramitação seja em caráter de urgência, com o pagamento de 9% da CET retroativo a maio, já no mês de Julho.

Os representantes docentes ainda encaminharam uma discussão preparatória sobre Carreira, a ser realizada na próxima reunião do Fórum das ADs, nos dias 26 e 27 de Julho, na sede da ADUSB, em Vitória da Conquista. O debate será norteado pelas discussões do movimento nos últimos quatro Encontros dos Docentes das UEBA. Na oportunidade, também será avaliada a previsão orçamentária para UEBA, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014.

A participação das ADs no cortejo de 2 de Julho, em Salvador, está prevista como a próxima atividade de mobilização da categoria. Docentes, Técnicos-administrativos e estudantes estarão juntos com a CSP-Conlutas, levantando a bandeira por Educação Pública de Qualidade, em particular, por 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para o orçamento das UEBA e revogação da Lei 7176/97.

Fórum das ADS assina Acordo Salarial e agenda reunião para discutir Carreira, Orçamento e Lei 7176/97

Após várias denúncias acerca da condição salarial dos professores das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) – uma das piores do nordeste -, na tarde desta quinta-feira, 6, foi firmada negociação entre o Movimento Docente (MD) e o governo.

O acordo, assinado na Fundação Luiz Eduardo Magalhães (FLEM), no Centro Administrativo, em Salvador, garante à categoria incorporação total do restante da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET) para este ano, sendo 9% em maio, 9% em novembro e 5,20% em dezembro. Soma-se a isto, a conquista do reajuste salarial de 7% em 2014 para todas as classes e níveis, que será dividido em duas parcelas: 4% para junho e 3% para dezembro.

O Fórum das Associações Docentes (ADs) foi convidado a assinar o acordo no Salão de Atos da Governadoria, na presença dos secretários e de Jaques Wagner. No entanto, as ADs se negaram a compor o cenário de “final feliz”, em resposta as atitudes truculentas que sempre demonstraram a falta de interesse do governador em receber categoria.

Carlos Vitório e Marcelo assinaram o acordo representando a ADUSCPara  o professor Carlos Vitório, presidente da ADUSC, a atitude do Fórum foi consoante a  coerência do Movimento Docente (MD) na condução do processo de negociação. “A campanha  foi vitoriosa, devido a firmeza e luta do MD, o que resultou em um acordo que foi além do “limite prudencial” imposto em mesa pelo governo.”

Após assinatura, os representantes da SEC se comprometeram em agendar uma reunião para discutir o GT Carreira, Financiamento nas UEBA e a Lei 7.176/97. Conforme ata reunião deve acontecer ainda em julho.

O Movimento Docente permanece alerta, para que estas pautas também sejam tratadas com seriedade, uma vez que a posição intransigente e taxativa do governo em seu discurso de falta de verba e limite prudencial demonstra sua dificuldade em compreender a importância dessas reivindicações para o bom funcionamento das UEBA.

Fonte: Fórum das ADs e ADUFS, com edição.

Fotos:  Murilo Bereta e  Emiriene Costa

 

Assembleia Docente aprova proposta do Governo

Em assembleia realizada nesta terça-feira, 04 de Maio, os docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) aceitaram a proposta de acordo salarial com o governo. A proposta apresenta um calendário de incorporação da CET em duas parcelas de 9% em Maio e Novembro de 2013 e 5,2% em Dezembro de 2013, e um reajuste no salário base de 7%, sendo 4% em Junho e 3% em Dezembro ambos em 2014.

Para categoria, diante da conjuntura atual, a nova proposta do governo representa uma conquista significativa em termos salariais, e é fruto da firmeza e seriedade do Movimento Docente (MD), que conduziu de forma hábil cada passo da negociação, garantindo, num primeiro momento uma proposta de reajuste no salário base, e agora um aumento significativo da proposta.

Nesta perspectiva, os docentes também ressaltaram o papel importante da greve de 2011, que garantiu a possibilidade de incorporação do restante da gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET) em 2013 e derrubou a clausula que impedia a categoria de reivindicar ganhos reais até 2014.

A assembleia docente aceitou a nova proposta do governo, condicionando-a a um acréscimo no Termo de Acordo, que garanta o envio imediato do Projeto de Lei com caráter de urgência e pagamento retroativo a maio na folha de julho.

Os docentes também encaminharam por exigir da CODES (Coordenação de Desenvolvimento do Ensino Superior) um compromisso formal em agendar uma reunião para discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014 (LDO) e o Projeto de Lei da Autonomia, que revoga a lei 7.176/97, além da criação do Grupo de Trabalho sobre Carreira (jan/2014) nos moldes da proposta do MD.

Para discussão interna do GT carreira, uma comissão foi constituída e deve apresentar, em 90 dias, uma proposta para avaliação da assembleia. Fazem parte da comissão os professores Edelson Reis, Elvis Barbosa, Gesil Amarante, Carlos Vitório de Oliveira e Luiz Henrique Blume.

Os resultados das assembleias nas quatro universidades será entregue ao governo na quinta-feira (06), quando o acordo deve ser assinado.

 

Autonomia e Financiamento nas UEBA são debatidos em Audiência Pública na ALBA

Docentes, estudantes e técnicos das Universidades Estaduais da Bahia participaram de Audiência Pública com o tema “Autonomia e Financiamento nas UEBA”, realizada na terça-feira (28.05), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).  Palavras de ordem e falas marcantes denunciaram as políticas de privatização e precarização da Educação Superior da Bahia.

Durante a reunião as categorias reforçaram o papel fundamental que as universidades estaduais exercem na formação profissional de02 cidadãs e cidadãos baianos, na consolidação de pesquisa científica e da extensão e, consequentemente, no desenvolvimento socioeconômico e artístico-cultural do estado. Neste sentido, denunciaram sua desvalorização, na medida em que permanecem com orçamentos bem abaixo dos necessários para sua manutenção e expansão, o que compromete a qualidade das atividades acadêmicas.

A coordenadora do Fórum das Associações Docentes (ADs), Zózina Almeida destacou que a falta de investimento na Educação Superior se configura como prática Neoliberal, submetendo as universidades à lógica mercadológica, principalmente através das parcerias. Assim, apontou a relação intrínseca entre orçamento adequado e autonomia universitária.

Segundo a coordenadora, “à luz do que historicamente se reivindica, uma reflexão sobre como estão a autonomia e a democracia nas UEBA, nos remete o quão elas estão distante. De um lado, temos a Lei 7176/97 que fere a autonomia e atropela a democracia interna e, de outro lado, os ataques governamentais, impondo medidas restritivas de caráter gerencial e financeiro”. Ela  ratificou a reivindicação de 7% da RLI para orçamento das UEBA, também defendida nas falas das representações das demais categorias.

A atividade é fruto da reivindicação das entidades representativas dos setores que compõem a comunidade acadêmica e do “Dia Nacional de Luta do Setor das Instituições Municipais e Estaduais de Educação Superior” do Andes-SN. Além do percentual mínimo 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para a o orçamento das UEBA, com revisão a cada dois anos, o Movimento Docente (MD) reivindica a revogação da lei 7176/97, que fere a autonomia universitária.

Também copuseram a mesa o deputado Álvaro Gomes, presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Serviços Púbicos da ALBA, Sérgio Guerra, representando o Conselho Estadual de Educação, Gean Santana, 2º vice-presidente da diretoria nacional do ANDES-SN, Roquidéia Souza, coordenadora do Sintest/UEFS, Claiton Galvão, membro do Diretório Central de Estudantes da UESB e a reitora da UESC, Adélia Pinheiro, representando o Fórum de Reitores.

Transformismo do PT é discutido em aula pública

Os professores das Universidades Estaduais da Bahia promoveram, na manhã de terça-feira (28), uma aula pública com o tema “O transformismo do PT”. A aula foi ministrada pelo professor Eurelino Coelho (Uefs), como parte das mobilizações anteriores à audiência pública sobre autonomia e financiamento das universidades. A aula discutiu o histórico dos grupos dirigentes do PT de 1979 a 1998 sob o conceito de Gramsci de transformismo e também fez parte das atividades do dia nacional de mobilização do setor das estaduais do Andes-SN.

De acordo com o professor, o transformismo refere-se a uma mudança de práxis de sujeitos que atuavam de determinado lado e à frente da luta de classes. Entretanto, devido às condições históricas de derrota das classes subalternas, cria-se um favorecimento para a mudança de posição destes sujeitos que se voltam contra sua posição de origem. A modificação de diversas lideranças, ligadas inclusive ao próprio movimento docente no passado, foi discutido pelo(a)s presentes a partir deste conceito apresentado.

A cooptação dos sindicatos pelo Partido dos Trabalhadores e suas conseqüências devastadoras para a organização da classe trabalhadora também foi debatida pelo(a)s docentes. Tal postura pôde ser comprovada recentemente durante as negociações sobre o reajuste linear, quando o governo impôs perdas aos trabalhadore(a)s e diversos sindicatos atuaram como legitimadores deste processo.

O tema da aula pública é discutido com mais aprofundamento na tese de doutorado do professor Eurelino Coelho, publicada como livro pela editora Xamã em 2013, com o título “Uma esquerda para o capital: o transformismo dos grupos dirigentes do PT (1979-1998)”.

Fonte: ADUSB, com alterações.