UESC começa semestre sem itens básicos para funcionamento

Já se passaram 17 dias desde o início do semestre letivo de 2018 na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), e é notória a ausência de materiais básicos para funcionamento da instituição. Para se ter ideia não há se quer um banheiro com papel higiênico na universidade. Outros materiais didáticos e de manutenção da instituição, constantemente reivindicados pelo Movimento Docente (MD), continuam pendentes.

Diante desta situação, a ADUSC encaminhou, nesta quinta-feira (23), um documento solicitando esclarecimentos quanto à origem e a iniciativa da administração da UESC para solução dos problemas (confira o documento). Em tempo, foi solicitado à reitoria informações quanto ao repasse do governo para execução orçamentária prevista para a universidade, uma vez que problemas semelhantes atinges outras universidades baianas, como resultado de contingenciamento orçamentário.

Na UESB, por exemplo, até julho, o valor retido pelo governo já representava cerca de 7,4 milhões (saiba mais). Como forma de ampliar a denúncia e esclarecer a população sobre a situação vivida pelas universidades, o Fórum das ADs tem reproduzido em suas mídias um vídeo sobre o tema. Confira aqui

Segundo José Luiz, presidente da ADUSC, a entidade tem se empenhado nessa luta, no entanto o governo mantém o descaso e tem se negado a negociar. “Estamos nos empenhando diante deste cenário difícil, e temos dialogado com o Fórum de Reitores para que também exerça pressão sobre o governo em defesa das UEBA, e contamos também com o envolvimento da categoria nesta luta”, afirma.

NOTA DE REPÚDIO AO CORTE DE SALÁRIOS DOS DOCENTES DA UNEB: GOVERNO RUI COSTA, INIMIGO DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS!

CARD_PROFESSORES1

As crueldades do governo estadual de Rui Costa não têm fim. Após ameaçar com cortes no salários os servidores técnico-administrativos das Universidades Estaduais baianas, o governo agora volta seu autoritarismo contra os professores da UNEB.
Na semana de 6/8 a 11/8, por deliberação da assembleia docente da Associação dos Docentes da UNEB – ADUNEB, a categoria paralisou suas atividades. A paralisação se deu em protesto aos impactos nefastos na UNEB da política do governo baiano de sucateamento das Universidades Estaduais.
O governo, desrespeitando a autonomia universitária, determinou à reitoria da UNEB que encaminhasse a relação dos docentes que aderiram à paralisação docente, sob ameaça de corte salarial correspondente aos dias da paralisação.
O Fórum das ADs repudia veemente mais esse ataque do governo aos direitos trabalhistas. A paralisação é um direito legítimo dos trabalhadores, que só podem contar com sua resistência organizada para defender seus direitos. Retóricas jurídicas de suposta legalidade não mudam o fato de que o corte de salários é uma medida antissindical, com objetivo de punir e criminalizar o movimento docente. Aos legalistas de plantão lembramos que o poder judiciário legitima as medidas antissindicais e de ataques aos direitos trabalhistas, porque, privilegiados pela democracia burguesa, podem aumentar o próprio salário na “canetada”.
O movimento docente baiano não se intimidará com o neocarlismo petista do governo Rui Costa. Seguiremos na luta, firmes, em defesa dos nossos direitos!

22 de agosto de 2018.

Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia
ADUSB – ADUSC – ADUNEB – ADUFS

ADUSC será representada em reunião do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Aposentadoria (GTSSA) do ANDES-SN

O Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Aposentadoria (GTSSA), do ANDES-SN, se reunirá nos dias 25 e 26 de agosto, em Brasília, para discutir temas como a Jornada de Mobilização dos Aposentados, IV Encontro Nacional sobre Saúde do Trabalhador, dentre outros. Na oportunidade, também serão discutidos os encaminhamentos do 64° CONAD, que inclui a mobilização contra a reforma da previdência.

Em reunião sobre aposentadoria da ADUSC o docente Salvador Trevisan fala sobre encontro sobre aposentadoria promovido pelo ANDES-SN.
Em reunião sobre aposentadoria da ADUSC o docente Salvador Trevisan fala sobre encontro sobre aposentadoria promovido pelo ANDES-SN.

Representando o GTSSA da ADUSC em torno dos debates de tamanha importância para defesa dos direitos dos docentes, aposentados ou não, o docente Salvador Trevizan participará do evento. A ADUSC, filiada do sindicato nacional, na medida que os recursos permitem, vem participando do movimento que acontece em nível nacional, juntamente com outras ADs da Bahia e do Brasil.

Mesa realizada na UESC discutiu “Cortes na pesquisa e educação”

A Mesa “Contra os cortes na pesquisa e educação” ocorreu na ultima quarta-feira (15), e contou com a participação do Pró-Reitor de Pesquisada da UESC, George Rêgo, a estudante da pós-graduação, Elizabeth Zorgetz, a estudante da graduação, Hevilla Angelin e o vice presidente da ADUSC, Arturo Samana. O evento foi uma iniciativa da ADUSC em parceria com o Comitê Local em Defesa da Educação Pública e o Coletivo Ponta de Lança. Com ampla participação, a comunidade acadêmica demonstrou a sua preocupação com o futuro das universidades, frente aos novos ataques do desgoverno Temer.

Em ofício direcionado ao ministro da educação, Rossielli Soares da Silva, o Conselho superior da CAPES alertou, recentemente, sobre o risco de suspensão das bolsas de todos os programas. Isso porque o orçamento destinado para 2019 reflete a implementação da Emenda Constitucional 95, que congela os gastos em 20 anos.São 443.000 bolsistas de mestrado, doutorado, pós-doutorado e qualificação de professores na graduação (PIBID, Residência Pedagógica etc) sobre ameaça.

Durante sua fala na mesa, o Pró-Reitor de Pesquisa da UESC alertou sobre outros aspectos que ameaçam a pesquisa, como a repercussão da política de cortes na FAPESB (Fundação de Amparo a Pesquisa da Bahia). Segundo o Pró-Reitor, não são apenas as bolsas que estão ameaçadas, mas a efetivação das pesquisas, já que falta recurso para compra de material, equipamento, saída de campo, dentre outros. Em reportagem do Fórum das ADs, os docentes ressaltam a necessidade de unidade da comunidade acadêmica em defesa da pesquisa.   Confira a situação da FAPESB segundo reportagem do Fórum das ADs

ANDES-SN e Auditoria Cidadã denunciam esquema de desvio de arrecadação tributária

imp-ult-82517085O ANDES-SN participou na terça-feira (14) de audiência pública para debater o Projeto de Lei (PLP) 459/2017. O projeto permite à União, estados e municípios a ceder direitos sobre créditos arrecadados ao setor privado, a chamada securitização de créditos. Na prática, o PLP permitiria que os entes

federados entregassem a instituições financeiras o fluxo de recursos obtidos com impostos, taxas e contribuições.

O debate ocorreu na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados e reuniu a Auditoria Cidadã da Dívida e entidades da área tributária. O relator da proposta, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), não compareceu.

O PLP é oriundo do PLS 204/2016, que tramitou no Senado em regime de urgência e passou apenas por uma comissão da Casa. O PLS é de autoria do senador José Serra (PSDB/SP). 

Críticos à proposta afirmam que o PLP busca “legalizar” um esquema de realização de operação de crédito que já vem sendo praticado em alguns locais como o estado de São Paulo e o município de Belo Horizonte, apesar de ser totalmente ilegal. Neste esquema, uma parte da arrecadação tributária é desviada a bancos privilegiados, antes mesmo de chegar aos cofres públicos. Esses recursos são desviados para uma conta vinculada e não chegarão ao orçamento público.

“Esse projeto precisa ser barrado, pois onde ele já foi implantado tem provocado graves prejuízos financeiros, devido ao desvio de recursos e elevadíssimos custos da operação, tornando o orçamento público ainda mais reduzido”, explica Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã. Ela complementa: “Ademais, tem funcionado de forma ilegal, pois em matéria de finanças, estados e municípios são proibidos de legislar se não houver uma lei federal que trate do tema”.

Para operar este esquema, o ente federado cria uma empresa estatal do tipo Sociedade de Propósito Específico, a exemplo da PBH Ativos S/A e CPSEC S/A. O principal negócio desta empresa é a emissão de papéis financeiros (debêntures), que são vendidos a bancos privilegiados. Estes bancos, por meio de uma conta vinculada, se apropriam de uma parcela desse fluxo de créditos. Um detalhe, esses créditos são líquidos e certos e entrariam nos cofres públicos de qualquer forma.

A empresa estatal criada não está sujeita ao controle e fiscalização do Estado, contudo, o ente federado ainda é o garantidor crédito. Ou seja, estados e municípios utilizarão sua estrutura para cobrar a “dívida” tributária de cidadãos e empresas . E caso a dívida não seja paga, o ente federado será obrigado a substituir por um outro crédito ou indenizar o banco privilegiado que adquiriu aquelas debêntures. No caso da BH Ativos S/A os juros pagos por esses papéis chegaram a alcançar 23% ao ano em 2015 (IPCA + 11%).

Maria Lúcia Fattorelli argumentou que essa engenharia financeira é ilegal e terá um alto custo orçamentário e severa repercussão institucional, afetando negativamente as finanças públicas atuais e futuras. “Na realidade, estamos diante de uma geração ilegal de dívida pública e desvio de arrecadação tributária”, disse. Ela classificou o projeto como “roubo institucionalizado” do dinheiro arrecadado do contribuinte.

Fattorelli criticou a linguagem “cifrada” do texto do PLP, criada para dificultar o entendimento sobre a real intenção da medida. “Isso é para enganar a opinião pública que vai arcar com essa conta”, explica.

Participação do ANDES-SN
Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, participou da audiência e falou que o Sindicato Nacional, junto a Auditoria Cidadã da Dívida, tem feito um trabalho de denúncia sobre os mecanismos de desvio dos recursos públicos.

“Os recursos públicos estão sendo desviados previamente se criando uma engenharia escandalosa. Esses títulos [debêntures] não são nem inscritos na Comissão de Valores Mobiliários. Temos que denunciar esse sistema fraudulento e punir quem está executando isso ilegalmente”, disse. O docente ainda ressaltou a importância da população brasileira se apropriar deste tema.

“Por trás disso, há uma questão política ideológica, de redução do Estado, de transferência do fundo público para a iniciativa privada. Nós do âmbito da Educação estamos sofrendo com a EC 95/16 que cortou o orçamento de diversas instituições, institutos e colégios de aplicação que chega até 40% do seu orçamento. A Capes e o Cnpq anunciaram cortes de bolsas de pesquisa, de instituições públicas que produzem 90% do conhecimento no Brasil. Aonde vamos chegar?”, questionou.

Esquema fraudulento
Este esquema financeiro é semelhante ao que atuou na Europa, quebrou a Grécia e comprometeu toda a economia do continente. No Brasil, ele está funcionando no estado São Paulo e na cidade de Belo Horizonte. Há iniciativas em diferentes estados e municípios, mas também há resistência a eles.

Em Belo Horizonte (MG), a Câmara Municipal instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que permitiu acesso à documentação comprovando a existência desse esquema. Na capital mineira, em 2011, foi criada uma empresa para operar o esquema, a PBH Ativos S/A. Essa empresa desviou mais de R$ 260 milhões de arrecadação tributária em favor do BTG Pactual S/A e resultou em uma perda de R$ 70 milhões para o município, em três anos de funcionamento.

Ministério Público de Contas e Tribunais de Contas já emitiram pareceres condenando a prática por ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição Federal.

Com informações da Agência Câmara Notícias

Saiba Mais

Projeto que legaliza esquema de geração de capital fictício é aprovado no Senado

PLS 204/16 busca legalizar esquema de geração de dívida pública

Denúncia: Grave esquema fraudulento

 

Fonte: ANDES-SN

Técnicos-administrativos das Ueba paralisam por 24h e sofrem ameaças de corte de ponto

Na última quinta-feira (16) os Servidores Técnicos das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) paralisaram suas atividades nas quatro universidades – Uefs, Uesc, Uesb e Uneb. A paralisação reivindicou resposta do governador Rui Costa sobre a pauta da categoria que, assim como a pauta dos docentes, foi entregue por diversas vezes e segue sendo ignorada. Ao invés de atender as questões relativas à pauta, a resposta dos representantes governistas às manifestações foi de cobrar das reitorias a relação de frequência dos servidores, com ameaças de corte de ponto.

uefs_ok

A circular nº 08, assinada pelo Superintendente de Recursos Humanos Adriano Tambone, cobra das reitorias a relação de frequência dos técnicos-universitários no dia da paralisação. No texto, o governo intima os servidores afirmando que haverá desconto do dia não trabalhado.  Leia o documento na íntegra.
A assessoria de comunicação do Fórum das ADs entrou em contato com o Firmino Júlio, presidente do Fórum dos Técnicos, e perguntou a posição dos representantes técnicos diante do documento. Firmino afirmou que a paralisação foi legítima e que os Sindicatos dos Técnicos-administrativos divulgou uma resposta pública sobre o assunto, amparada em suas assessorias jurídicas. “O Fórum dos Técnicos publicará uma carta pública unificada. Estamos trabalhando junto com nosso setor jurídico para dar a melhor resposta em defesa da nossa categoria”, afirmou o presidente. Leia a nota do Sintest à categoria.

Contradição
O governo Rui Costa (PT) mostra mais uma vez sua postura autoritária e contraditória. Em 1995 o governo carlista publicou o Decreto 4264/1995, criando uma série de medidas de ataque ao direito de greve e manifestação dos servidores públicos. Uma delas era o corte de ponto. O Partido dos Trabalhadores (PT), em conjunto com outros partidos, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra o Decreto, por ser contrário às medidas aprovadas à época pelo governo carlista. Na esteira dos diversos ataques do governo Rui Costa aos direitos trabalhistas, o mesmo agora reproduz até práticas carlistas. Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das ADs, destaca que “A prática é o critério da verdade. E a verdade é que o governo Rui Costa não respeita os direitos trabalhistas.” Leia mais sobre o Decreto 4264/1995.
Barroso aponta mais uma contradição do governo petista. “É uma postura autoritária, antissindical. Isso mostra como o governo petista oscila nos seus argumentos quando lhe é conveniente.” destacou Barroso. “Nós professores prestamos toda solidariedade aos servidores técnicos. A organização sindical é um direito historicamente conquistado pelos trabalhadores.”, concluiu.

Leia a nota de repúdio do Fórum das ADs em conjunto com o ANDES-SN.

Motivos da luta
Em nota distribuída à comunidade acadêmica, os servidores apresentaram os motivos da manifestação. Atualmente o salário-base da categoria está abaixo do mínimo, no valor de R$ 796,00 reais, e não passa por reajuste desde 2015. A situação já gera perdas salariais que chegam a 80%. Outras reivindicações dos servidores dizem respeito ao auxílio alimentação, que está abaixo do ideal, e ao adicional de insalubridade, que foi cortado sem explicações

Confira na íntegra a nota do Fórum dos Servidores Técnicos Administrativos com os motivos da mobilização.

Fórum das ADs intensifica campanha de mídia e avalia próximos passos da luta

reuniao_fad
Foto: Ascom Fórum das ADs

No último dia 3 de agosto o Fórum das ADs reuniu-se na Adusc para discutir as ações do movimento docente com o retorno das atividades acadêmicas nas Universidades Estaduais. Os professores refletiram sobre a necessidade de ampliar o diálogo com a sociedade baiana sobre a pauta de reivindicações 2018. Nesse sentido, foi apontado para o mês de agosto intensificar a campanha de mídia em toda Bahia com outdoors, spot de rádio e busdoor, na capital.
Além dos encaminhamentos de comunicação, as representações docentes discutiram meios e formas de tratar a pauta 2018 durante o período eleitoral. Foi apontada uma ação jurídica mais incisiva contra o governador Rui Costa pelo não cumprimento dos direitos trabalhista durante a sua gestão. A reunião indicou uma avaliação junto às assessorias jurídicas de uma denúncia contra o governo Rui Costa na Organização Internacional do Trabalho – OIT, pelo descumprimento dos direitos trabalhista e não pagamento da reposição da inflação. O Fórum solicitará, ainda, reunião e audiências com todos os candidatos ao Governo do Estado e Senado para apresentar a pauta das Universidades Estaduais da Bahia.
“A nossa categoria e a educação pública baiana sofreram muito durante o governo de Rui Costa. Desde 2014 as quatro universidades acumulam cortes em investimento, manutenção e custeio que passam de 200 milhões de reais. Além disso, amargamos a maior perda salarial dos últimos 20 anos. A insatisfação no funcionalismo público e no setor da educação é grande. O Governo Rui retira direitos e se mostra totalmente inflexível para o diálogo. Não deixaremos de pautar isso durante o período eleitoral”, afirmou Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das ADs.

Rodadas de Assembleias e agenda
Para fortalecer o debate na categoria e apontar as ações do segundo semestre, o Fórum das ADs indicou uma rodada de assembleias unificadas nas quatro Universidades Estaduais para o dia 19 de setembro. As representações docentes indicaram que as assembleias discutam um dia unificado de luta, com atos locais e paralisação, para o dia 27 de setembro.
Além das assembleias, está também no calendário do movimento docente a participação do XVI Seminário Nacional das Instituições de Ensino Superior Estaduais e Municipais (Iees/Imes). O encontro ocorrerá nos dias 21, 22 e 23 de setembro na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), em Campos dos Goytacazes (RJ) e terá como eixos centrais Previdência, Carreira, Salário e Financiamento nas Iees e Imes.
A próxima reunião do Fórum ocorrerá em Feira de Santana, na Adufs, no dia 13 de setembro, a partir das 9h.

Fonte: Fórum das ADs

“Contra os cortes na pesquisa e educação” será tema de evento na UESC

A Mesa “Contra os cortes na pesquisa e educação” ocorrerá na próxima quarta-feira (15), às 15 horas no CEU (térreo do pavilhão Adonias Filho). O evento é uma iniciativa do Comitê Local em Defesa da Educação, da ADUSC e do Coletivo Ponta de Lança, frente aos novos ataques do desgoverno Temer.

capa-cortes

A notícia mais recente foi anunciada pelo conselho superior da CAPES. Em ofício ao ministro da educação, Rossielli Soares da Silva, a presidência da agência alerta sobre o risco de suspensão das bolsas de todos os programas. Isso porque o orçamento destinado para 2019 reflete a implementação da Emenda Constitucional 95, que congela os gastos em 20 anos.

São 443.000 bolsistas de mestrado, doutorado, pós-doutorado e qualificação de professores na graduação (PIBID, Residência Pedagógica etc) sobre ameaça. Segundo a organização do evento “…chegamos a um momento extremamente crítico para a pesquisa, produção de conhecimento e inovação tecnológica no Brasil”. Desta forma, convidam toda comunidade acadêmica, a fazer parte deste momento de reflexão sobre os rumos da pesquisa, produção de conhecimento e inovação tecnológica no Brasil.

Confira a situação da FAPESB segundo reportagem do Fórum das ADs

NÚMEROS COMPROVAM CORTES NO ORÇAMENTO DA FAPESB

O valor de execução orçamentária da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) registrou uma queda de R$ 96,4 milhões para R$ 70,8 milhões entre 2014 e 2017. A redução representa um corte de cerca de 27% (R$ 25,6 milhões) nesse período. É o que aponta o levantamento feito pelo Fórum das ADs com base nos números obtidos através do portal oficial do Governo do Estado, o Transparência Bahia.

photo453623726021388690 (1)Pesquisadores e instituições têm alertado sobre a situação crítica da Fapesb, a principal agência de fomento à pesquisa da Bahia. A dificuldade orçamentária tem sido levantada há três anos por algumas reitorias das universidades e entidades, como o Instituto Gonçalo Muniz, braço da Fiocruz na Bahia, e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), junto com a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Apesar do atual secretário da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, Vivaldo Mendonça, alegar que as questões da Fapesb se tratam de “uma falsa crise” e temas administrativos de gestão (leia mais), os números divulgados pelo próprio governo comprovam o contrário. O governador Rui Costa (PT) realiza cortes orçamentários no incentivo à pesquisa desde que a assumiu a gestão do Estado da Bahia, em 1 de janeiro de 2015.

Ataques à Fapesb
De acordo com o Artigo 5º da Lei Estadual nº 7.888/2001, é determinado que o governo repasse 1% da “Receita Tributária Líquida” para investimento na Fundação. No entanto, o que os números do Transparência Bahia também comprovam é que, apesar da receita tributária do estado ter aumentado, o repasse para a Fapesb não acompanhou este aumento.
Cerca de 80% dos recursos da Fapesb são provenientes de repasses do governo do estado, o restante vem de parcerias internacionais e federais. Se for mantida a mesma razão de despesas por mês executadas até junho de 2018, o orçamento deste ano fechará em R$ 48,8 milhões, um corte significativo em relação a 2017.
Acesse na íntegra os repasses das receitas tributárias entre 2015 e o primeiro semestre de 2018.

Reflexos do corte
Nas Universidades Estaduais da Bahia os impactos dos cortes já são uma realidade. O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Aristeu Vieira, afirmou que pesquisas em diversas áreas têm sofrido, principalmente as que demandam equipamentos e materiais de consumo específicos como reagentes de laboratório.
Segundo o pró-reitor, em levantamento feito com pesquisadores da Uefs, em maio de 2017, foi detectado que R$ 5,2 milhões em projetos de pesquisa aprovados desde 2014 não tinham sido repassados pela Fundação de Apoio à Pesquisa no estado da Bahia (Fapesb).
O Fórum das ADs entrou em contato telefônico com a assessoria de imprensa da Fapesb com perguntas relativas ao corte no orçamento da instituição. A assessoria informou que, nesse momento, o setor não tem autorização das esferas superiores para fazer nenhum pronunciamento sobre o assunto.

Pesquisa em risco
Tanto na esfera estadual quanto federal a pesquisa científica está na mira dos governos. O conselho superior da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) informou na última quinta-feira (2), em nota pública, que o governo Temer possivelmente efetuará um corte na pesquisa brasileira que pode suspender 200 mil bolsas a partir de agosto de 2019.
Para Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das ADs, o momento exige unidade em defesa da pesquisa e do ensino público. “É evidente que o governo Temer aprofundou os ataques à pesquisa, educação e aos direitos trabalhistas. Contudo, o que se percebe é que na esfera estadual isso já é uma realidade implementada por outros governos, como é o caso do governo Rui Costa em relação às Universidades Estaduais baianas e a Fapesb. Precisamos fazer uma defesa intransigente da educação pública em todas as esferas”, demarcou Barroso.
Leia também a nota de repúdio do Fórum das ADs e do ANDES-SN sobre os cortes na Capes.

Fonte: Fórum das ADs

ADUSC convida docentes para café da manhã

“Se muito vale o já feito, mais vale o que será!” – Milton Nascimento e Wagner Tiso

Um café da manhã promovido pela Associação de Docentes da UESC (ADUSC) vai marcar o início do semestre fortalecendo a unidade e a disposição da categoria para à luta. O “Café da Resistência” vai acontecer na próxima terça-feira (14) a partir da 7:30 horas, no CEU (térreo do pavilhão Adonias Filho).

Instagram

Segundo a diretoria da ADUSC, a iniciativa tem como objetivo promover um bate-papo com a categoria sobre os impactos da política do governo para as Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). “Queremos saber a opinião da categoria sobre as condições de trabalho frente à crise orçamentária, o desrespeito aos direitos trabalhistas e o arrocho salarial”, afirma José Luiz de França, presidente da ADUSC. Na oportunidade a direção docente pretende ampliar a divulgação das peças de mídia da campanha salarial e apresentar as perspectivas do Fórum das ADs para o segundo semestre.

Campanha Salarial

Já são mais de 260 dias sem resposta do governo à pauta protocolada pelos docentes em 18 de dezembro de 2017 e novamente no dia 20 de março de 2018. A categoria reivindica a destinação de 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para o orçamento das UEBA, o cumprimento dos direitos trabalhistas, a reposição integral da inflação e o ajuste de 5,5% no salário base. Segundo pesquisa do DIEESE, os(as) docentes amarga o maior arrocho salarial dos últimos 20 anos.

Conheça pesquisa do Dieese

O Fórum das ADs tem se esforçado na tentativa de diálogo. Mas o executivo baiano e a Secretaria de Educação da Bahia permanecem insensíveis à realidade vivida nas UEBA. O movimento docente protocolou o último pedido de reunião no dia 15 de maio (veja aqui), reforçando as duas datas de protocolo da pauta. Em termo de mobilização foram realizados protestos nos tradicionais cortejos da Lavagem do Bomfim e no 2 de Julho, além do ato unificado no dia 25 de Abril, na praça da Piedade, em Salvador.

03Outras ações foram realizadas, como os Saraus da Resistência, as intervenções no Fórum Social Mundial e na posse da reitoria da UESB. A diretoria da ADUSC esteve em cerimônia pública realizada no dia 18 de Junho, em Itabuna, para entregar em mãos, ao governador #RuiCorta a pauta de reivindicação 2018, e exigiu a abertura de diálogo com a categoria. (saiba como foi acessando AQUI).

“Mantemos à disposição para a luta em defesa dos direitos docentes e da universidade pública, e o envolvimento da categoria é fundamental”, ressalta José Luiz, reforçando o convite para o “Café da Resistência”.